quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Anuncio da Copa no Brasil

Depois de mais de cinco décadas de espera, o Comitê Executivo da Fifa confirmou nesta terça-feira, na sede da organização, em Zurique, na Suíça, o Brasil como sede da futura Copa do Mundo a realizar-se em 2014.

Após confirmar a Alemanha como sede do Mundial Feminino de 2011, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, fez o tão aguardado anúncio abrindo o envelope com o resultado da votação por volta de 12h36m ( horário de Brasília). Todos os 20 membros do Comitê Executivo da Fifa votaram a favor da candidatura do Brasil.

- O país que produziu os melhores jogadores do planeta, que tem cinco títulos mundiais, terá o direito, mas também a responsabilidade, de sediar a Copa em 2014 - disse Joseph Blatter, que salientou em seu discurso que o fato de a Colômbia ter desistido da candidatura à Copa de 2014 não facilitou a escolha do Brasil como sede da competição.

A delegação brasileira foi composta, entre outras personalidades, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o craque Romário e até o escritor Paulo Coelho.
Blatter também salientou em seu discurso que o fato de a Colômbia ter desistido da candidatura à Copa de 2014 não facilitou a escolha do Brasil como sede da competição.

Após receber a taça da Copa do Mundo das mãos de Blatter, Lula assegurou ao presidente da FIFA que o Brasil estará, de hoje até 2014, se preparando para realizar uma das maiores Copas do Mundo da história .

- O mundo terá a oportunidade de ver o que o povo brasileiro é capaz de fazer. O futebol para nós, brasileiros, não é apenas um esporte, mas uma verdadeira paixão.

Com a confirmação da Fifa, o país do futebol voltará a receber um Mundial, fato que não acontecia desde 1950. Agora, o Brasil tem até o dia 31 de outubro de 2008 para anunciar quais são as cidades que receberão os jogos.

A Fifa recomenda ao Brasil que escolha apenas dez sedes. No entanto, devem ser indicadas 12 localidades, como nas Copas de 2006, na Alemanha, e de 2002, no Japão e na Coréia do Sul.
Vale ressaltar que o evento não está completamente garantido. Não existe um decreto ou lei que obrigue a Fifa a garantir a realização do torneio no país.
A organização pode nomear outro país como sede se o Brasil não cumprir várias obrigações que estão no caderno de encargos. Caso isso aconteça, pode acontecer com o Brasil o mesmo que aconteceu com a Colômbia, em 1986, o país perdeu a candidatura para o México justificando que não tinha dinheiro para terminar as obras necessárias à criação da infra-estrutura exigida pela Fifa.

Após 64 anos,
Copa do Mundo volta ao Brasil!

Fim do rodízio

Alegando estar frustrada com a candidatura única do Brasil, a Fifa já anunciou que mudará o formato de escolha para as próximas sedes da Copa.

Em 2018, os países ligados às seis confederações continentais (África, América do Norte e Central, América do Sul, Ásia, Europa e Oceania) podem ser candidatos, exceção feita aos membros das confederações que receberam as duas edições anteriores do Mundial.
Ou seja, em 2018, a América do Sul (pela escolha do Brasil para 2014) e a África (África do Sul é a sede de 2010) estão fora da briga. Inglaterra, Rússia, EUA, México, Austrália e um projeto em conjunto de Bélgica, Holanda e Luxemburgo são as primeiras candidatas para este mundial.

De acordo com o relatório dos inspetores que estiveram no Brasil no início de setembro, alguns pontos vitais do projeto brasileiro precisam ser feitos. São os casos de segurança e transporte (aéreo e terrestre), que necessitam de melhorias por parte dos governos federal, estadual e municipal. Mas há pontos positivos como as redes hospitalar e hoteleira, muito elogiadas no documento final da Fifa.

Em seis das 18 cidades candidatas (Maceió, Natal, Cuiabá, Campo Grande, Florianópolis e Rio Branco), os inspetores apontaram problemas no sistema de transporte que comprometem suas intenções. "Temos sete anos, até lá dá para arrumar muita coisa e tenho certeza que o Brasil pode organizar a Copa", ressaltou Zagallo, que esteve na final de 1950, mas prestando serviço ao Exército próximo ao gramado.

Apoio dos governos: Um dos requisitos básicos pedidos pela entidade máxima do futebol é a garantia governamental para a realização da Copa. O ministro dos Esportes, Orlando Silva, ressalta o apoio do governo federal e destaca a necessidade de reformas. “Teremos de fazer investimentos na área de transportes, portos, aeroportos, infra-estrutura de telecomunicações. Mas teremos também a participação do setor privado, até para a construção e reformulação de estádios”, disse.

O propagado “sucesso da organização” dos Jogos Pan-americanos do Rio, na visão do ministro, trará inúmeros benefícios para a realização da Copa. Para Orlando Silva, o trabalho no Mundial de 2014 será mais fácil. “A logística de uma Copa é mais simples. Ela mobiliza um grande interesse privado e movimenta um número muito menor de atletas do que o Pan”, contou.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

A Descoberta da Borracha


1. Antes de 1500, a borracha já era utilizada por Índios Latino-
Americanos, que coletavam o látex das seringueiras e secavam em
fogueiras.

Os artefatos encontrados pelos visitantes do novo
continente levam a crer, contudo, que o seu uso deve preceder a
séculos.

2. Colombo foi o primeiro Europeu a descobrir a borracha. Ele
encontrou nativos do Haiti brincando com bolas de um estranho
material, e levou algumas amostras à Rainha Isabella. Na Amazônia, a
borracha foi mencionada pelo Jesuíta Samuel Fritz e depois pelo Frei
Carmelita Manoel de Esperança, entre os índios Cambebas ou Omaguas

3. Em 1768, 150 anos mais tarde, o cientista Francês François
Fresnau fabricou um par de botas de borracha para Frederick o Grande,
mas tornou-se pegajoso no calor e quebradiço no frio. A borracha
utilizada por Fresnau foi de látex da Hevea guianensis a primeira
espécie do gênero Hevea a ser descrita de seringueiras nativas da
Guiana Francesa.

4. Em 1770, o cientísta britânico Joseph Priestley, um famosoquímico inglês, produziu a primeira borracha, que hoje utilizamos para
apagar traços de lápis esfregando-a sobre os riscos no papel (daí o
nome "rubber" de "rub"que significa esfregar). Em 1772, cubos de
borracha eram vendidos em Londres como apagadores

5. Em 1823, foi feito o primeiro tecido a prova d'água, sendo
patenteado pelo escocês Macintosh, que colocou uma camada de borracha
entre duas de tecido. Em Glasgow é fundada a primeira fábrica usando
borracha como matéria prima na fabricação de tecidos impermeáveis

6. No mesmo ano, foi inventada a tira elástica pelo fabricante de
carruagens londrino Thomas Hancock.

7. Entre 1839-1842, o americano Charles Goodyear, e o inglês Thomas
Hancock descobriram que enxofre e calor, poderia fazer com que a
borracha não alterasse seu estado com a variação da temperatura
(técnica de vulcanização), tornado-a mais resistente e quase
insensível às variações de temperatura. Outra inovação de vulto, ainda
mais tarde, foi a do emprego da borracha como isolante de
eletricidade. Da noite para o dia a borracha passou a ser utilizada
amplamente

8. Em 1846, tiras de borracha sólidas foram fabricadas por Hancock,
para a carruagem da Rainha Vitória.

9. Em 1876, a seringueira é levada para o Oriente. Sementes são
levadas por Ingleses na Amazônia e enviada para Londres pelo navio
"Amazonas" que deixou o porto de Belém em 29 de Maio de 1876, e inicia-
se a grande plantação de seringueira no Sudoeste da Ásia.

10. Em 1888, o escocês John Dunlop, na Inglaterra, produziu o
primeiro pneu de borracha, inaugurando a nova era dos pneumáticos para
bicicletas, carruagens e veículos automotores. A invenção foi
patenteada em 1888 e em 1890, em parceria com W. H. Du Cross,
começaram a produção comercial.

11. De 1920 a 1940, chega a era dos automóveis, que rodam sobre
pneus feitos do látex da seringueira.

12. Hoje em dia, o mundo caminha, cruza, voa, nada, com a
borracha natural.

Programa Seringueira, Instituto Agronômico de Campinas (IAC)

Jesse Owens

A marca de 10 segundos e 3 centésimos, com seus 18 anos de idade, seria tão somente o inicio de uma sensacional carreira esportiva.

Jesse Owens estava perdendo sua segunda medalha de ouro antes da sua quinta tentativa de salto a distância nos Jogos Olímpicos de Berlim de 1936. Momentos antes, seu mais perigoso adversário, o alemão Luz Long, seguro de sua vitória, se dirigiu a tribuna de honra e com seu braço direito saudou Adolf Hitler. Owens já tinha o ouro nos 100 metros, mas havia começado mal a final olímpica de salto em distância, prova que ostentava o recorde mundial com oito metros e 13 centímetros.

Depois de fracassar em duas de três tentativas na eliminatória, o alemão se aproximou dele e acima de todas as diferenças raciais, sugeriu que ele atrasasse seu ponto de arranque. Owens precisava de 7,15 metros para passar para a fase seguinte. Com a recomendação de Logn, seu salto alcançou os justos 7,15 metros exigidos para se estar na final, que Hitler assistiria das tribunas. Já na final Luz marcaria logo de saída 7,54 metros, e Owens, 7,74; na sua tentativa seguinte o alemão se igualaria ao americano e este iria ainda mais longe com 7,87 metros.

Novamente Luz vai para a pista de arranque e empata outra vez com Owens. Neste momento o alemão estava na liderança da competição, já que permanecendo o empate ele possuía o melhor salto do evento. De fato Hitler demonstrou todo seu nojo pela clara supremacia de Owens chamando-o de "africano auxiliar dos americanos", porque nunca aceitou que ele fosse um atleta com potencial superior. Mas a prova de salto em distância ainda não tinha terminado, Owens vai para o penúltimo salto:7.94.metros, 10 centímetros a mais que o alemão. Hitler abandona rapidamente a cenário.

Em seu último salto, Owens fecharia com 8,06 metros. Seu adversário alemão seria o primeiro a cumprimentar o maior atleta do mundo, um verdadeiro ícone do século XX. Algodão e Gasolina

Neto de escravos, Owens nasceu em 12 de setembro de 1913 em Dallas, estado norte-americano do Alabama e quando veio ao mundo era o décimo de 11 irmãos. Assim como seus pais e irmãos, colhia algodão. O pequeno Owens não teve outra opção que não fosse a mesma atividade. Quando as máquinas revolucionárias precederam a mão de obra, a família se mudou para Cleveland (no estado de Ohio).

Em um belo dia Owens teve que ir para a escola. A primeira coisa que faz sua professora é perguntar o seu nome e ele responde: J.C. Owens, querendo dizer James Owens de Cleveland. Seu erro fez com que a professora escrevesse "Jesse" que foneticamente é JC no idioma inglês. Assim nascia a lenda.

Morando em Cleveland e com apenas 15 anos de idade, Jesse se começou nos atletismo graças a uma visita feita a seu colégio pelo campeão olímpico dos 100 metros em Antuérpia (20), Charles Paddock. Pouco antes de completar 18 anos já havia alcançado o tempo de 10 segundos e 3 centésimos. Esses registros o levaram automaticamente a Universidade de Ohio.

Além de ser um herói esportivo, Owens sempre mostrou sua virtude como ser humano. Desde que chegou a universidade, combinou seus estudos com um trabalho de frentista para cumprir suas obrigações como pai de família. Como vendedor de selos e moedas olímpicas, Jesse Owens morreu aos 66 anos de idade, vitima de câncer no pulmão. Durante muitos anos manteve amizade com Luz.


Juan Ramón Piña/El Norte


versão Patrícia Fook

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Euler


Euler, um virtuoso do cálculo como se constata nos seus artigos científicos pela maneira audaz como manejava os números relativos e sem levantar questões quanto à legitimidade das suas construções forneceu uma explicação ou justificação para a regra os sinais. Consideremos os seus argumentos:

1- A multiplicação de uma dívida por um número positivo não oferece dificuldade, pois 3 dívidas de a escudos é uma dívida de 3a escudos, logo (b).(-a) = -ab.

2- Por comutatividade, Euler deduziu que (-a).(b) = -ab
Destes dois argumentos conclui que o produto de uma quantidade positiva por uma quantidade negativa e vice-versa é uma quantidade negativa.

3- Resta determinar qual o produto de (-a) por (-b). É evidente diz Euler que o valor absoluto é ab. É pois então necessário decidir-se entre ab ou -ab. Mas como (-a) b e -ab, só resta como única possibilidade que (-a)(-b) = +ab

É claro que este tipo de argumentação vem demonstrar que qualquer "espírito" mais zeloso, como Stendhal, não pode ficar satisfeito, pois principalmente o terceiro argumento de Euler não consegue provar ou mesmo justificar coerentemente que - por - = +. No fundo, este tipo de argumentação denota que Euler não tinha ainda conhecimentos suficientes para justificar estes resultados aceitalvelmente.

Na mesma obra de Euler podemos verificar que ele entende os números negativos como sendo apenas uma quantidade que se pode representar por uma letra precedida do sinal - (menos). Euler não compreende ainda que os números negativos são quantidades menores que zero.

domingo, 28 de outubro de 2007

Espanha e espanhois

Durante três décadas e meia do século XX, os espanhóis, viveram sob um regime conservador, que só terminou com a morte de Francisco Franco em 1975. A partir de então todo o país se renovou não só politicamente, mas também sob o aspecto criativo e econômico.
É sem dúvida um novo país; seu entusiasmo contagiante e sua alegria palpável leva o visitante a conviver de um forma eletrizante com o dia-a-dia seja lá qual for a região que escolher ficar.
'Aqui se ama e celebra a vida todos os dias'.
Depois da Suíça a Espanha é o país mais montanhoso da Europa e o segundo em extensão só perdendo para a França. Dessa forma é compreensível se verificar a diversidade geográfica do país.
Desde áridos planaltos até pântanos e dunas como os do Parque Nacional Coto Doñana, na costa sudeste do Atlântico.
De profundas cavernas à Campinas rochosas; de picos nevados a ilhas vulcânicas, da mesma forma que sua área geográfica se diversifica por sua extensão, seu povo segue a mesmas trilhas provindas de povos diferentes. Os primeiros povos da península incluíram os Bascos, Celtas, Ibéricos, Gregos, Romanos e Visigodos, e o mais importante que isto, foi o fato de que os cristãos, só séculos posteriores a Cristo, se misturam muito através do casamento, com as minorias judias e árabes.
Hoje a maioria dos espanhóis se diz católicos genuínos, mas na verdade, quase todos têm ancestrais judeus ou muçulmanos.
Espanha tem uma herança extraordinária de história, arte e arquitetura. A
história da Espanha, mais parece um conto mesclado de romance de condes, califas, cruzadas e reis, começa bem antes da história escrita. Às vezes se confunde com histórias fictícias, como quando se adentra na região de Toledo e se parecem vivenciar contos como o de D.Quixote de la Mancha, mas nem tudo é folclore ou romance nessa terra ...tem muitas histórias e todas bem verdadeiras.
Os bascos estão entre os primeiros habitantes, amontoados nos vales frios e montanhosos do Norte. Depois vieram os ibéricos, aparentemente cruzando o Mediterrâneo da África do Norte, por volta de 3.000 ac. Aproximadamente mil anos mais tarde chegaram os celtas. Os fenícios, vindos do mar, fundaram Gadir (hoje Cádis) e muitas outras cidades do litoral. O desfile continua com os gregos, que colonizaram partes do litoral leste, e depois os cartigeneses, que fundaram Cartagena por volta de 225 ac.e chamaram o país que encontraram de Spania (era um lugar agreste e cheio de árvores, bem diferente da Espanha atual).
A civilização moderna começou com os romanos, que expulsaram os cartigeneses e transformaram a península em três províncias importantes. Os romanos não conseguiram controlar os nativos que resistiram bravamente por dois séculos, terminando um antes do nascimento de Cristo, mas sua influência perdurou.
No início do século V, os bárbaros invasores atravessaram os Pirineus, para atacar o enfraquecido império romano. Os visigodos, que mais tarde adotaram o Cristianismo, tornou-se uma força dominante na Espanha do norte por volta de 419, estabelecendo o reinado de Toledo. Mas eles também caíram diante dos poderosos invasores, desta vez os mouros, a força árabe liderada pelos beberes que atravessou o estreito de Gibraltar da África do Norte. Os mouros iniciaram um domínio muçulmano de quase oito séculos. Período que sob muitos aspectos foi o pináculo da civilização espanhola. Diferentemente dos outros invasores eles eram extremamente cultos. Durante seu domínio, judeus, árabes e cristãos viveram juntos, em paz, embora muitos cristãos tenham se convertido ao islamismo.
Os mouros trouxeram consigo um complexo sistema de irrigação, frutas cítricas, arroz, algodão, açúcar, palmeiras e vidro. Sua influência é evidente na Espanha moderna: muitas palavras começadas com “al”. Para o visitante, a evidência mais espetacular da cultura moura é encontrada em Andalucía. O Alhambra, um palácio de cor ocre que coroa o sul da cidade de Granada, é testemunho da delicadeza estética moura.
Os mouros nunca conseguiram dominar o noroeste de Galícia e Astúrias e foi nesta última que Palayo, um rei cristão de menor importância, começou sua longa cruzada conhecida como 'Reconquista'. Por volta de 1085, Alfonso VI de Castela tinha capturado Toledo, dando aos cristãos um forte controle do Norte.
Durante o século XIII, Valência, Sevilha e, finalmente Córdoba, a antiga capital do califa do muçulmano na Espanha, caíram sob o domínio das forças cristãs, deixando Granada em mãos mouras. Ainda levaria dois séculos para que os dois monarcas católicos, Ferdinando de Aragon e Isabella de Castela, se unissem em matrimônio para transformar o mundo.



Ano de 1492

O ano de 1492 é uma linha divisória na história da Espanha: início da época aura da política da Nação e também o momento de um dos piores excessos de intolerância. Naquele ano, o 23o. do casamento de Ferdinando e Isabella, as forças cristãs conquistaram Granada para unificar toda a Espanha como um único reinado, embora as custas dos judeus e muçulmanos, que não abraçaram o cristianismo e foram expulsos do país.
Cristóvão Colombo, sob o patrocínio de Isabella, ancorou nas Américas naquele mesmo ano, iniciando assim a era das descobertas. Mas a partida dos cultos muçulmanos e judeus foi um impacto para a economia da nação, do qual nunca se recuperou; a Inquisição estabelecida em 1478 feriu ainda mais aqueles que escolheram ficar.
As terras do Novo Mundo enriqueceram bastante a Espanha, mas os grandes embarques de ouro mexicano e peruano produziram, mais tarde, uma terrível inflação. Os chamados monarcas católicos e seus sucessores mantiveram a união da Espanha, mas sacrificaram o espírito do comércio livre entre as nações, que começava a trazer prosperidade capitalista aos países europeus.
Ferdinand e Isabella foram sucedidos pelo neto Carlos, que se tornou o primeiro Habsburg espanhol e um dos governantes mais poderosos da história. Sob seu controle, Córtes chegou ao México e Pizzaro, conquistou o Peru. Também herdou a Áustria e os Países Baixos; em 1519, com três anos de reinado, foi eleito Imperador Espiritual Romano (Carlos V), e em pouco tempo anexou Nápoles e Milão.
Conquistou a Contra-Reforma e a Ordem Jesuíta foi criada para ajudar a defender o Catolicismo do Protecionismo Europeu. Mas, Carlos custou muito à nação em função de sua propensão à guerra, principalmente contra os luteranos alemães e turcos. Seu filho Felipe II seguiu o mesmo e caro caminho. Derrotou os turcos e ordenou a construção do escorial, um sombrio mosteiro fora de Madri. Foi lá que morreu, 10 anos mais tarde, depois de ter perdido sua Armada num ataque à Inglaterra Protestante.

A Guerra da sucessão espanhola foi inflamada pela morte sem razão de Carlos II, o último Habsburg espanhol em 1700. Felipe de Anjou foi coroado Felipe V e iniciou a linha de Bourbon (que segue até hoje).
Os Bourbons daquela época eram afrancesados, copiaram muitas das atitudes e modelos dos vizinhos do norte. Mas a paixão terminou em 1808, com a colocação de Napoleão no lugar de seu irmão Jose Bonaparte, jocosamente chamado “Pepe Botella”, devido ao seu gosto pela bebida. Bonaparte foi bastante desprezado e em 1808 uma revolta em Madri, registrada de maneira angustiante por Francisco Goya y Lucientes (1746 – 1828) começou a Guerra da Independência, conhecida pelos estrangeiros como Guerra peninsular. A Grã-Bretanha, do lado da Espanha, enviou o duque de Welligton para o resgate. Com a ajuda de guerrilhas espanholas, os franceses foram finalmente expulsos, mas antes disso atacaram as principais igrejas e catedrais da Espanha. A maioria das colônias americanas da Espanha aproveitaram a oportunidade para proclamar sua independência.
O restante do século não foi feliz, os regimes conservadores atacaram com guerras civis e revoltas inspiradas por correntes republicanas da Europa. A surpresa final veio com a perda de Cuba, Porto Rico e Filipinas em 1898, num desastre militar que, ironicamente, inspirou uma impressionante literatura renascentista, a então chamada geração 98, cujos membros incluíram escritores como Miguel de Unamuro e Pío Baroja e o poeta Antonio Machado. Alfonso XIII veio ao trono em 1902, mas o surgimento do problema civil trouxe o melhor dele e terminou em auto-exílio em 1931. Uma inexperiente república seguiu, para a alegria de muitos espanhóis, mas a eleição do governo da frente popular de esquerda em 1936 provocou a oposição cerrada da direita. No final, um jovem general chamado Francisco franco usou o assassinato de um líder monarquista como desculpa para uma revolta militar.
A Guerra civil (1936 – 1939), foi um dos episódios mais caros e trágicos na história da Espanha. Mais de meio milhão de pessoas morreram no conflito. Intelectuais e esquerdistas do mundo todo simpatizaram com o governo eleito. A brigada Internacional, que incluía voluntários americanos, britânicos e canadenses, tomou parte em algumas das piores lutas, incluindo a defesa de Madri. Mas Franco apoiado pela Igreja católica, obteve mais ajuda da Alemanha nazista que, com sua legião Condor, acabou destruindo a cidade basca de Guerníca e da Itália fascista.
Por três anos os governos europeus permaneceram calados, enquanto os exércitos de franco dominaram Barcelona, Madri e finalmente a última capital da república, Valência.

A Espanha oficialmente neutra durante a Segunda Guerra Mundial, mas simpatizante com os poderes do Eixo, foi evitada pelo mundo até um acordo em 1953, no qual os estados Unidos forneceram ajuda em troca da construção de bases da OTAN. Gradativamente, no final dos anos 60, a estraçalhada economia começou a ganhar vapor. Mas quando Franco anunciou, em 1969, que seu sucessor seria Juan Carlos, o neto de Alfonso XIII, um príncipe cuja educação militar fora rigidamente supervisionada pelo general já idoso, as esperanças de liberdade da nação murcharam. Imaginem a surpresa dos espanhóis quando, seis anos mais tarde, Franco morreu e o jovem monarca revelou-se um fechado democrata. Sob seu estímulo foi adotada uma nova constituição, que restaurava as liberdades civis e a liberdade de expressão. Em 23 de fevereiro de 1981, o rei provou novamente vigor quando um coronel da Guardiã Civil tomou o parlamento e seus membros durante 24 horas. A tentativa de golpe com o objetivo de trazer de volta um governo de direita foi de todo contornada pelo heroísmo do rei que chamou pessoalmente os comandantes militares de todo o país para assegurar sua lealdade ao governo eleito.
Desde 1982 os socialistas tem governado a Espanha, embora uma série de escândalos envolvendo corrupção em 1994 e 1995 tenham ameaçado o poder.

Nas artes há um florescimento notável no primeiro terço do século XX, surgindo Frederico García Lorca, o cineasta Luis Buñnel, os pintores Pablo Picasso, Joan Miro e Salvador Dali. O século terminou com êxito destes artistas, resultando em uma esterilidade nos anos de Franco. Atualmente as artes estão florescendo novamente. O mundo já conhece os artistas espanhóis como o cineasta Pedro Almodóvar, o ator Antonio Banderas e o escritor Camilo José Cela que descreve com sutileza a vida nos anos de Franco, ganhando o Prêmio Nobel em 1989.

As Touradas

A tourada é uma paixão nacional e para os espanhóis uma forma de arte.
As touradas começam com uma procissão de bandarilheiros, picadores a cavalo e matadores. Primeiro o matador movimenta sua capa para incentivar o touro a atacar, o picador a cavalo ataca o pescoço e a área dos ombros do touro; então os banderilheiros atiram dardos nas costas do touro. Depois de muito movimento com a capa o matador mata o touro com uma espada: e recebe as orelhas ou o rabo, como prêmio.
As lutas são geralmente as cinco da tarde nos domingos, de abril ao início de novembro.
Mas durante as festas populares em algumas cidades como Madri, Pamplona, Sevilha e Valência podem acontecer todos os dias.

Seriado na T.V "Os Intocáveis"

Outubro de 1959 a Setembro de 1963.

Foi um dos mais violentos seriados de TV de todos os tempos. Visto pelos padrões de hoje não seria tão mau, mas na época foi violento o bastante para fazer surgirem protestos de pais e mães "preocupados".
Os Intocáveis foi estrelado por Robert Stack como o agente Eliot Ness, personagem inspirado na vida real do policial que atuava na Chicago nos anos 30, para coibir o poderio da máfia e fazer valer a lei seca.
A história era centrada na tentativa de Eliot Ness de estourar o sindicato de Al Capone em Chicago, Van Johnson, astro honorário da MGM, estava escalado para interpretar Eliot Ness, mas desistiu no fim de semana anterior às filmagens por não concordar com a quantia que lhe pagariam. Robert Stack foi recrutado às pressas, num bar. À tarde já estava experimentando os figurinos e na manhã de segunda as filmagens começavam.
O programa-piloto em duas partes foi um retumbante sucesso de crítica e de audiência, tanto que mais tarde foi lançado também no cinema. ACBS fez um lance para comprar os direitos da série, mas quem acabou vencendo a disputa foi a ABC, que passou a exibir "Os Intocáveis" semanalmente a partir do outono de 1959.
O seriado era tão brutal e sangrento quanto o piloto, e a rede exigia que cada episódio fosse repleto de ação. Os índices de audiência não foram espetaculares durante as primeiras semanas,mas na segunda temporada "Os Intocáveis" já estava solidamente posicionado entre os dez mais assistidos. O diretor do seriado Walter Grauman resumiu bem o conceito do programa: "É uma ficção dramática com autenticidade de documentário". Embora tivesse começado com um roteiro que tratava de forma semi-documental as decorrências dos loucos anos 20, a série logo deslocou-se para o terreno da ficção em suas histórias posteriores. " A gente não se dá conta de como são terrívelmente rígidos os documentários, isso fora o fato de talvez estar difamando alguém a cada 37 segundos da história "- comentou em 1960 o astro Robert Stack. "Se nós nos limitarmos à factualidade, podemos passar logo aos noticiários cinematográficos que não fará muita diferença". O Eliot Ness da vida real deu ordem de dispersar a seus agentes em 1932, mas no seriado eles entraram pela década de 40.
Alguns grupos da colônia ítalo-americana protestaram contra o que consideraram uma representação pouco lisonjeira de sua gente sempre como tipos mafiosos. "Alguns episódios faziam chover processos em cima de nós".
Não por acaso - o primeiro processo contra o programa partiu da viúva ofendida de Al Capone. Inconformada com a maneira com que o falecido marido foi transformado num vilão em fuga nos episódios da série,ela exigiu um milhão de dólares pelo uso impróprio da imagem .
O FBI também irritou-se. Afinal, na vida real eles eram quem realmente tinha de perseguir e prender todos aqueles nomes famosos que Eliot Ness supostamente enquadrava na TV semanalmente, e queriam o crédito por isto. E finalmente, o Departamento de Prisões também ofendeu-se: afirmou que como foi mostrado na série, o tratamento que deram a Al Capone pareceu suave
Desi Arnaz,cuja produtora, Desilu (combinando seu nome com o de Lucille Ball) era responsável pela série, a ABC e a Liga Americana Anti-Difamação resolveram a situação através de um acordo que bania os sobrenomes italianos dos criminosos de ficção. O papel de Nick Rossi, um dos homens de Eliot Ness, seria reforçado, para mostrar "a extraordinária influência" que os ítalo-americanos teriam no combate ao crime, e enfatizar sua "grande contribuição" à cultura americana. Enquanto muitos ítalo-americanos ficavam ofendidos com as histórias de "Os Intocáveis", a maioria dos legítimos representantes do submundo adorava a série.
O produtores relatavam que os telefonemas de mafiosos da vida real, ainda que de pouca influência, eram frequentes, em geral, para sugerir histórias centradas neles mesmos e nos crimes que haviam cometido. Mesmo os atores eram por vezes abordados na rua por tipos mal-encarados que insinuavam que poderiam render bons vilões para a série, e em seguida sacavam do bolso fotos em que apareciam na companhia de famigerados criminosos na cadeia. Lá pela quarta temporada, o seriado, por todas as suas controvérsias, tornou-se uma pedra no sapato da emissora.
Os índices de audiência também tinham baixado, a violência fora amenizada para tentar dar à série um lado mais suave e tornar Eliot Ness mais humano.

sábado, 27 de outubro de 2007

Dentifricio


(imagem:recantodalidia)

Pasta de dente

Todo mundo sabe a importância que tem de escovar os dentes todos os dias, não é mesmo? Mas você já teve curiosidade de como a pasta dentifrícia surgiu?
Os romanos criaram um pó chamado dentifricium, que era composto de cinzas de ossos de dentes de animais e de ervas, pedra-pome, areia, lã e a aromática mirra.
O sal marinho era usado por eles e por judeus para branquear os dentes.
Na Idade Média eram utilizadas ervas como a sálvia. No século XVIII, misturava-se pó de sépia com aditivos aromáticos e o termo “ pasta dentifrícia” aparecia numa enciclopédia francesa em 1771.
Já no século XIX os ingredientes utilizados eram carbonato de cálcio, mentol, pó de coral e sabão. Em 1839 surgia na cidade de Baltimore Estados Unidos, a primeira Faculdade de Odontologia do mundo e a limpeza dos dentes começavam a ser mais cuidadas á base de carbonato de magnésio, timol e eugenol. Daí a produção industrial dos dentifrícios foi um passo.
Em 1890 o fabricante de sabonetes William Colgate teve a idéia de lançar no mercado americano um creme dental com tubos de estanho flexíveis. Em 1927, a Colgate-Palmolive passou a vender o seu produto no Brasil, a qual foi seguida poucos anos depois pela Gessy e pela Kolynos. Atualmente a composição básica do creme dental é carbonato de cálcio e sílica hidratada, pirofosfato de sódio, triclosan (agente antibacteriano) e fluoreto de sódio (agente anticárie), havendo pequenas variações na fórmula de fabricante para fabricante.

Anne Sullivan e Helen Keller

O dia mais importante de toda minha vida foi o da chegada de minha professora Anne Sullivan. Fico profundamente emocionada, quando penso no contraste imensurável das duas vidas que se juntaram. Ela chegou no dia 3 de março do 1887, três meses antes de eu completar 7 anos.



Belos dias como estes, fazem o coração bater ao compasso de uma musica que nenhum silêncio poderá destruir. É maravilhoso ter ouvidos e olhos na alma. Isto completa a glória de viver.

Helen Keller

A vida do Helen Adams Keller a história de uma criança que aos dezoito meses de idade ficou cega e surda e de sua luta árdua e vitoriosa para se integrar na sociedade, tornando-se além de celebre escritora, filosofa e conferencista, uma personagem famosa pelo trabalho incessante que desenvolveu para o bem estar das pessoas portadoras de deficiências.
Nasceu em 27 de junho de 1880 em Tuscumbia, Alabama, descendendo de família tradicional do Sul dos Estados Unidos. Seu pai, Capitão Arthur Keller, era homem de influência em sua comunidade, editor do Jornal “The Tuscumbia Alabamian” e foi nomeado Prefeito do Alabama e em 1865,
Helen Keller perdeu subitamente a visão e a audição devido a uma doença que foi diagnosticada naquela época, como febre cerebral, sendo provável que tenha sido escarlatina.
Passou os primeiros anos de sua infância sem orientação adequada que lhe permitisse desenvolver-se aprendendo sobre o mundo ao seu redor. Alguns meses antes de Helen completar 07 anos de idade, Anne Sullivan, uma professora de vinte a um anos, foi morar em sua casa para ensiná-la. A chegada de Anne na casa de Helen deu-se no dia 3 do março de 1867.
A professora Anne Sullivan havia estudado na Escola Perkins para Cegos (Perkins School for the Blind) pois, quando criança tinha sido cega, mas recuperou a visão através de nove operações. Sua indicação para ensinar Helen foi feita por Alexander Graham Bell, que havia sido procurado pelos pais de Helen. Desde essa época, professora e aluna, tornaram-se inseparáveis até a morte do Anne Sullivan em 1935.
Até a chegada da professora, Helen Keller ainda não falava e não compreendia o significado das coisas. Anne Sullivan assumiu a tarefa de ensinar Helen Keller e para isso precisou de muita coragem a persistência. As alunas cegas da Escola Perkins fizeram-lhe uma boneca pare levar a Helen, o vestido dessa boneca foi feito por Laura Bridgman, primeira cega-surda educada na Perkins.
Anne Sullivan iniciou seu trabalho com Helen utilizando a boneca e tentando relacionar o objeto à palavra atreves da soletração da palavra “BONECA” pelo alfabeto manual. Helen logo aprendeu a repetir as letras correta­mente, mas não sabia que as palavras significavam coisas. Aprendeu através desse método, um tanto incompreensível para ela, a soletrar, com o uso das mãos, varias palavras.
No dia 5 do abril de 1887 Helen e sua professora estavam no quintal da casa, perto de um poço, bombeando água. A professora Sullivan colocou a mão de Helen na água fria o sobre a outra mão soletrou a palavra “água” primeiro vagarosamente, depois rapidamente. De repente, os sinais atingiram a consciência de Helen, agora com um significado. Ela aprendeu que “água” significava algo frio e fresco que escorria entre suas mãos. A seguir, tocou a terra e pediu o nome daquilo e, a anoitecer já havia relacionado trinta palavras a seus significados. Este foi o começo da educação de Helen Keller. Numa sucessão rápida ela aprendeu os alfabetos braille e manual, facilitando assim, sua aprendizagem da escrita e leitura. Em 1890 ela surpreendeu a “Professora” (como chamava à Anne Sullivan) pedindo para aprender a falar, Helen Keller aprendeu a falar aos dez anos. “Eu tinha dez anos quando Annie - (tratamento familiar de Anne) me levou a primeira lição de linguagem falada em casa de Miss Sarah Fuller (Diretoria da Escola de Surdos Horace Mann). Os poucos sons que eu então produzia, eram ruídos inexpressivos, quase sempre roucos, pelo esforço que empregava para obtê-los. Pondo minha mão em seu rosto, para que eu sentisse a vibração de sua voz, Miss Fuller ia repetindo vagarosamente e muito claro, o som - enquanto Miss Sullivan soletrava a palavra... ahm na minha mão. Eu ia imitando como podia, conseguindo ao fim de algum tempo, articular o som a contento da mestra. Ao final de minha décima primeira lição, fiz uma surpresa para Annie, puxei-a pelo braço, coloquei a posição da língua e disse claramente:
“Eu Não Sou Mais Muda".
Sob a orientação de Anne Sullivan, matriculou-se no Instituto Horace Mann para Surdos de Boston e depois na Escola Wright-Humason Oral de Nova Yorque onde, durante dois anos, recebeu lições de linguagem falada e de leitura pelos lábios. Helen Keller além de aprender a ler, escrever e falar demonstrou, também, excepcional eficiência no estudo das disciplinas do currículo regular: quando pequena, Helen Keller costumava dizer: “Algum dia cursarei uma faculdade” e de fato cursou. E 1898 entrou na Escola Cambridge para Mocas; em 1900, para a Universidade Radcliffe onde, em 1904, recebeu seu diploma de bacharel em filosofia. Durante seu período de estudante a professora Anne Sullivan foi sua orientadora constante transmitindo todas as aulas para Helen, através do alfabeto manual, encorajando-a e estimulando-a, todos os livros de consulta que não existiam em braille eram laboriosamente soletrados nas mãos de Helen. Além das aulas da Universidade, Anne soletrava aulas de francês, latim e alemão.
Com a obtenção de seu grau de bacharel, acabaram-se os dias de educação formal de Helen. Todavia, através de toda sua vida, continuou a estudar e manter-se informada sobre todos os assuntos de importância para o mundo moderno. Em reconhecimento de sua capacidade e realizações acadêmicas, Helen Keller recebeu títulos e diplomas honorários das Universidades Temple e de Harward e das Universidades da Escócia.
Em 1905 a professora Anne Sullivan casou-se com John A. Macy, eminente critico literário. o casamento não interrompeu o relacionamento de aluna e professora. Helen Keller foi morar com o casal que continuou auxiliando-a em seus estudos e outras atividades. Antes de se formar Helen Keller fez sua estréia na literatura escrevendo sua autobiografia “A História de Minha Vida”, publicada em 1902, e em seguida no Jornalismo, com uma serie de artigos no “Ladies Home Journal”. A partir dessa data não parou mais de escrever. Em seus trabalhos literários Helen usava a máquina de datilografia braille preparando os manuscritos e depois copiava-os numa máquina de datilografia comum
Escreveu inúmeros artigos para revistas e além da “História de Minha Vida”, escreveu outros livros.

A Canção do Muro de Pedra

O Mundo em que Vivo

Lutando Contra as Trevas
(Minha professora Anne Sullivan Macy)

Minha Religião

Minha Vida de Mulher

Dedicação de Uma Vida

Seus livros foram transcritos em várias línguas. Em 1954, “A História de Minha Vida”, após cinqüenta anos de sua primeira publicação como livro, foi traduzido em cinqüenta línguas.
Poucos anos antes de sua morte, Mark Twain disse: “As duas personalidades mais interessantes do Século XIX são Napoleão e Helen Keller. Em junho de 1952 foi feita Cavaleiro da Legião de Honra da França. Em reconhecimento ao estímulo que seu exemplo e presença deram aos trabalhos para cegos nos paises que visitou, os governos do Brasil, Japão, Filipinas e Líbano conferiram-lhe, respectivamente, as seguintes condecorações:
Ordem do Cruzeiro do Sul, do Tesouro Sagrado, do Coração de Ouro e Medalha de Ouro de Mérito
Helen Keller recebeu também, o Prêmio Américas para a União Interamericana, o premio Medalha de Ouro do Instituto Nacional de Ciências Sociais e outros
Tornou-se membro honorária de sociedades científicas e organizações filantrópicas dos cinco continentes
No Qüinquagésimo aniversário de sua graduação, a Universidade Radcliffe outorgou-lhe o Prêmio Destaque a Aluno
Uma grande honraria foi também concedida a Helen Keller, em 1954, quando seu local de nascimento, Ivy Green, em Tuscumbia, foi transforma­do em museu permanente. A cerimônia realizou-se em 7 de maio de 1954, com a presença de diretores da American Foundation for the Blind e de outras autoridades.
Durante sua vida, Helen Keller viveu em vários lugares diferentes: Tus­cumbia, Alabama; Cambridge e Wrentham, Massachusetts; Forest Hills, Nova Yorque, mas talvez sua residência favorita tenha sido a última, a casa em Westport, Connecticut, chamada "Arcan Ridge", de estrutura branca, para onde se mudou, após a morte de Anne Sullivan. E foi “Arcan Ridge”, que ela chamou do lar pelo resto de sua vida, a morte da “Professora”, Polly Thomson, uma senhora escocesa que já vivia em casa de Helen Keller desde 1914, assumiu a tarefa de auxilia-la em seu trabalho. Após a morte de Polly Thomson, em 1960, uma companheira e enfermeira, a Srª size:Helen Keller fez sua última aparição em público num encontro do Lions Club de Washington, nesse encontro ela recebeu o “Prêmio Humanitário Lions” por sua vida dedicada a servir a humanidade e por inspirar a adoção de programas de ajuda aos cegos e conservação da visão do Lions International. Durante sua viagem a Washington, foi recebida pelo Presidente Kennedy.
Após 1961, Helen Keller viveu tranqüilamente em “Arcan Ridge”, onde recebia a família, amigos íntimos e membros da American Foundation for the Blind e da American Foundation for Overseas Blind (hoje Helen Keller International Incorporated). Passava a maior pane do seu tempo lendo. Seus livros favoritos foram a Bíblia ,volumes de poesia e filosofia. Apesar de seu afastamento da vida pública, Helen Keller não foi esquecida. Em 1964 recebeu a “Medalha Presidencial da Liberdade”, a maior honra de seu país.
No seu ultimo adeus, o Senador Lister Hill, do Alabama, expressou os sentimentos de todo o mundo quando disse a respeito de Helen Keller. “Ela viverá; ela foi um dos poucos nomes, imortais, que não nasceu para morrer. Seu espírito perdurará enquanto o homem puder ler e história puderem ser contadas sobre a mulher que mostrou ao mundo que não existem limitações para a coragem e a fé, Helen Keller foi por si mesma uma grande obra de educação, pois dedicou sua vida ao trabalho para o bem estar das pessoas cegas e surdo-cegas, influenciando na criação de legislação e serviços especializados.
E por tudo isso ela foi chamada por seus amigos americanos “A primeira mulher de coragem do mundo, os escritos e pensamentos de Helen Keller traduzem espírito de coragem e força de vontade. Estas são algumas frases extraídas de suas obras.

Não há melhor maneira de agradecer a Deus pela visão, do que dar ajudar a alguém que não a possui.

Se metade do dinheiro hoje gasto em curar cegueira, fosse utilizado em preveni-la, a sociedade ganharia em termos de economia sem mencionar considerações de felicidade para a humanidade.

Que toda criança cega tenha oportunidade de receber educação e todo adulto cego, uma oportunidade para treinamento e trabalho útil.

Quando uma porta de felicidade fecha-se, uma outra se abre; mas muitas vezes, nós olhamos tão demoradamente para a porta fechada que não podemos ver aquela que se abriu diante de nós.

Não há barreiras que o ser humano não possa transpor.

Aprendi a fazer tudo o que podia, para ajudar minha professora. Todas as manhãs, ela levava o marido de carro à estação, onde ele tomava o trem pata Boston, para depois se ocupar das compras. Eu tirava a mesa, lavava a louça e arrumava os quartos. Podiam estar clamando por mim montanhas de cartas, livros e artigos para escrever, mas, a casa era a casa, alguém tinha de fazer as camas, colher flores, catar lenha, por o moinho de vento a andar e para-lo quando a caixa estivesse cheia, enfim, ter em mente essas coisas imperceptíveis que fazem a felicidade da família. Quem gosta de trabalhar sabe como é agradável a gente estar ajudando as pessoas a quem estimamos nas tarefas diárias de casa.

"Helen Keller e sua História" - 1955 esse filme ganhou o prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, como o melhor documentário de longa metragem do ano.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Amala e Kamala



O desenho animado "Mogli, o Menino Lobo", de Walt Disney, é bastante conhecido. Inspirado no "Livro da Jângal", de Rudyard Kipling, o desenho conta a história de uma criança que, ainda bebê, perde-se de sua família e é adotada e criada por lobos, no coração da selva da Índia.
Kipling (1865-1936), que nasceu na Índia, inspirou-se em histórias contadas nesse país sobre crianças que se perdiam na selva e acabavam vivendo com os bichos. E, de fato, existem registros claros, especialmente na Índia e na Europa, de alguns casos de crianças "selvagens". Elas se perderam(ou foram deixadas) muito jovens de suas famílias, que viviam à beira de florestas, e cresceram sem contato com os humanos, antes de serem encontradas e trazidas para a "civilização".
Uma das histórias mais bem documentadas envolvendo "crianças lobo" é a de duas meninas completamente selvagens, resgatadas por uma expedição que massacrou os lobos com quem elas viviam, perto de um vilarejo no norte da Índia, em 1920.
O comportamento das duas crianças causou espanto, pois "quando foram encontradas, as meninas não sabiam andar sobre os pés, mas se moviam rapidamente de quatro. É claro que não falavam, e seus rostos eram inexpressivos. Queriam apenas comer carne crua, tinham hábitos noturnos, repeliam o contato dos seres humanos e preferiam a companhia de cachorros e lobos".
Amala, a menina mais nova, parecia ter um ano e meio e morreu pouco menos de um ano depois. Kamala, a outra irmã, tinha mais de oito anos quando foi encontrada e sobreviveu por nove anos, morrendo em novembro de 1929.
A evolução de Kamala, registrada pelo casal de missionários que cuidava dela em um orfanato, foi significativa, porém limitada. Ela conseguiu aprender a caminhar só com as pernas e mudar seus hábitos alimentares, aprendeu muitas palavras e sabia usá-las, embora nunca tenha chegado a falar com fluência. Apesar dos progressos de Kamala, a família do missionário anglicano que cuidou dela, bem como outras pessoas que a conheceram intimamente, nunca sentiu que fosse verdadeiramente humana.
O processo de educação ao qual Kamala foi submetida pode ser extremamente criticado, do ponto de vista do que sabemos hoje, pois houve uma grande ênfase na imposição de hábitos "civilizados" e, apesar do carinho dos que cuidaram dela, nenhuma preocupação com os aspectos traumáticos que toda a experiência certamente tinha para ela.
Assim, ficamos sem saber até que ponto Kamala poderia ter evoluído, se tivesse passado por um processo mais terapêutico e menos didático de reintegração ao mundo. O mesmo pode ser dito em relação a outras crianças selvagens que ficaram famosas, como Victor de Aveyron, encontrado em 1798 na França e que o francês Jean Itard tentou educar de forma muito interessante, porém extremamente diretiva.
Como não temos mais notícias de crianças selvagens desde a década de 20, não podemos fazer novas experiências de reeducação, e temos que nos consolar com os poucos dados que a história nos oferece. Resta-nos a constatação de que, depois de anos de esforços pedagógicos intensos, algumas delas chegaram a humanizar-se um pouco, mas, desprovidas por anos da riqueza das interações que levam as crianças ao domínio da linguagem e dos símbolos, jamais chegaram sequer perto de poder ser comparadas com crianças normalmente socializadas.
Para Lucien Malson, que escreveu em 1963 um livro sobre as crianças selvagens, a conclusão é clara: "Será preciso admitir que os homens não são homens fora do ambiente social, visto que aquilo que consideramos ser próprio deles, como o riso ou o sorriso, jamais ilumina o rosto das crianças isoladas".
A triste e comovente história das crianças selvagens, que sobreviveram quase milagrosamente entre os bichos e penaram para alcançar apenas as mais básicas marcas de uma existência civilizada, deixa uma lição que não pode ser ignorada: sem o denso tecido de interações sociais do qual participa toda criança, simplesmente não há humanidade.
Teorias que esquecem ou ignoram essa idéia básica deveriam ser relegadas às selvas do esquecimento.

Criancas lobas

"Será preciso admitir que os homens não são homens fora do ambiente social, visto que aquilo que consideramos ser próprio deles, como o riso ou o sorriso, jamais ilumina o rosto das crianças isoladas."

Lucien Malson, "Les Enfants Sauvages

As crianças selvagens são crianças que cresceram com contacto humano mínimo, ou mesmo nenhum. Podem ter sido criadas por animais (frequentemente lobos) ou, de alguma maneira, terem sobrevivido sozinhas. Normalmente, são perdidas, roubadas ou abandonadas na infância e, depois, anos mais tarde, descobertas, capturadas e recolhidas entre os humanos.


Os casos que se conhecem de crianças selvagens revestem-se de grande interesse científico. Elas constituem uma espécie de grau zero do desenvolvimento humano, ensinam-nos o que seríamos sem os outros, mostram de forma abrupta a fragilidade da nossa animalidade, revelam a raíz precária da nossa vida humana.

Em termos de linguagem, as crianças selvagens só conhecem a mímica e os sons animais, especialmente os das suas famílias de acolhimento. A sua capacidade para aprender uma língua no seu regresso à sociedade humana é muito variada. Algumas nunca aprendem a falar, outras aprendem algumas palavras, outras ainda aprenderam a falar corretamente o que provavelmente indicia que tinham aprendido a falar antes do isolamento.

Em termos de comportamento, as crianças selvagens exibem o comportamento social das suas famílias adoptivas. Não gostam em geral de usar roupa e alimentam-se, bebem e comem tal como um animal o faria. A maioria das crianças selvagens não gostam da companhia humana e percorrem longas distâncias para a evitar. Algumas crianças selvagens não mostram interesse algum noutras crianças da sua idade nem nos jogos que estas jogam. Na medida em que não gostam da companhia humana, procuram a companhia dos animais, particularmente dos animais semelhantes à espécie dos seus pais adoptivos. Ao mesmo tempo, também os animais reconhecem estas crianças, aproximando-se delas como não o fariam em relação a outros humanos.

As crianças selvagens não se riem ou choram, apesar de eventualmente poderem desenvolver alguma ligação afectiva. Manifestam pouco ou nenhum controlo emocional e, muitas vezes, têm ataques de raiva podendo então exibir uma força particular e um comportamento claramente selvagem. Algumas crianças têm ataques de ferocidade ocasionais, mordendo ou arranhando outros ou até eles mesmo.

Até hoje foram encontradas diversas crianças selvagens, na maioria criadas por lobos mas também por muitos outros animais. Por exemplo, as irmãs Amala e Kamala de Midnapore, Isabel, a menina que vivia no galinheiro ou Gaspard Hauser de Nuremberga.

O caso mais célebre é o de Victor de Aveyron com base no qual Francois Truffaut realizou um belíssimo filme.

Para mais informações devem consultar: www.feralchildren.com

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Um pouco sobre as Cruzadas

Os cavaleiros cristãos, na época da primeira cruzada, depois de terem conquistado Jerusalém no ano 1099, dividiram a região da Terra Santa em diversos reinos e, explorando a fraqueza e os desacertos entre os maometanos, conseguiram firmar-se lá por dois séculos. Situação que durou até que Saladino, um chefe curdo, conseguiu liderar o povo do Crescente para expulsá-los.
A partir dele, os dias de posse da cristandade de um pedaço da terra sagrada se encerraram.
As tropas do sultão Qalaum mal haviam saído do Cairo quando ele começou a sentir-se mal. Resolveram acampar em Marjat-al-Tin, onde o seu filho al-Asrhraf Khalil, foi chamado às pressas à tenda do pai. Ali, ele jurou continuar à campanha militar contra os cruzados que ainda restavam ocupando um naco da Terra Santa.
O idoso sultão expirou em novembro de 1290 e seu sucessor (seu filho) resolveu adiar as operações para o ano seguinte.
Seriam os derradeiros movimentos de uma longa e dolorosa guerra que, apesar de seguidas tréguas, envolvia muçulmanos e cristãos há quase dois séculos, desde os tempos da Primeira Cruzada (1095-99).

Fanatizados pela Igreja medieval, milhares de cavaleiros de todos os escalões da nobreza européia haviam tomado o rumo da Oriente acompanhados por um bando de peregrinos e beatos de todas as procedências.

Em 1099, conseguiram tomar Jerusalém, massacrando quase toda a infeliz população muçulmana lá capturada.
Em 1100, Balduino, conde de Edessa, resolveu proclamar-se rei de Jerusalém e os cruzados formaram o Reino Latino, composto por quatro estados nas regiões ocidentais da Síria, Líbano e Palestina. Apesar de sua escassez em homens, conseguiram se impor aos nativos graças a suas poderosas armaduras, sua determinação fanática, e a uma série de fortes e castelos que construíram na área. Para assegurar ainda mais seu domínio sobre uma população hostil, permitiram que mercadores das cidades comerciais italianas lá se instalassem, bem como criaram as ordens monacais dos templários e dos hospitalários, para dar apoio logístico às romarias incessantes vindas da Europa.

Divididos entre si, os muçulmanos demoraram quase meio século para reagir ao torpor provocado pela invasão dos odiados cruzados. A cada sucesso dos árabes, mais cristãos desembarcavam nos portos levantinos para assegurar a posse os lugares sagrados. Em 1174, as forças do Islã passaram a contar com a extraordinária energia do sultão, de origem curda, Saladino (1137-93).
Treze anos depois, em 1187, depois de vitorioso na batalha de Hattin, Saladino teve a honra de ser o primeiro líder islâmico a retomar a cidade sagrada de Jerusalém após expulsar os cruzados de lá.
Os conflitos internos que afligiam a cristandade européia, as querelas dos papas com os imperadores e reis desestimularam a chegada de auxílio.
Foram salvos de uma expulsão definitiva pela abrupta invasão dos mongóis vindos da Pérsia e que começaram a assolar a região. Liderados pelo neto de Gengis-Kahn, Hulagu, colocaram o mundo árabe em polvorosa.


Algumas palavras árabes:

Ancara ou Acara (capital da Turquia), situada num extenso planalto circundado de montanhas.

Bagdá
Cidade do oriente médio, é a atual capital do Iraque e uma das mais antiga cidade do mundo.

Cádi
Juiz de paz, entre os muçulmanos.

Caravana
Grupo de mercadores ou viajantes que se reunem para atravessar o deserto com segurança.

Constantinopla
Atualmente é a capital da Bulgária, situada á margem do Mar Negro.

Meca
Cidade da Arábia, capital religiosa dos muçulmanos, seguidores da religião fundada por Maomé, que foi o fundador do maometanismo.

Os Mouros

São um povo árabe-berbere que conquistou a Península Ibérica, oriundos principalmente da região do Saara ocidental e da Mauritânia.

Na tradição oral portuguesa, os mouros são protagonistas de narrativas associáveis a cultos pré-cristãos, muitas vezes pré-históricos. Em geral, as lendas das mouras encantadas que guardam tesouros, andam associadas a montes, florestas, rochedos, monumentos pré-históricos ou fontes e revelam restos de tradições muito antigas.

Na linguagem comum, os mouros são muitas vezes associados aos seguidores do Islão. Isto deve-se ao fato de terem sido estes povos os não cristãos que mais recentemente ocuparam os territórios da Península Ibérica. De resto, a palavra surgiu em latim tardio na forma "mauri" bem antes do nascimento do profeta Maomé.

Dia Mundial do Macarrão

Você é adepto da tradição de que quinta-feira e domingo são dias de comer uma boa massa, principalmente macarrão?
Deixe de lado essa idéia e coma seu macarrãozinho hoje mesmo, para comemorar o Dia Mundial do Macarrão.

A data é lembrada em vários países, entre eles EUA, México, Turquia, Itália, Alemanha, Venezuela e Brasil, claro. A data, 25 de outubro, foi escolhida por ser o dia da realização do 1º Congresso Mundial de Pasta, em Roma, em 1995.

O Brasil é o terceiro maior produtor de macarrão do mundo, com 1 milhão de toneladas (dados de 2001), e faturamento na ordem de R$ 2 bilhões. O consumo de macarrão no Brasil é de 5,6 kg por pessoa, a cada ano.

A Abima (Associação Brasileira de Indústrias de Massa Alimentícia) promove, desde 1998, o MGF (Macarrão Gourmet Fashion), que reúne chefs de cozinha de vários Estados, para marcar a entrega simbólica de doações das indústrias.

Neste ano, a Abima arrecadou cerca de 20 toneladas de macarrão, que serão doadas a entidades assistenciais dos governos de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Ceará.
O macarrão é elaborado basicamente com farinha de trigo e água. Em alguns casos, são adicionados outros ingredientes, como os ovos, o que diferencia os tipos de massa.

  • Macarrão Comum: é elaborado apenas com farinha de trigo e água
  • Macarrão de Sêmola: é elaborado com farinha de trigo especial que torna portanto o produto mais claro
  • Macarrão com Ovos: elaborado com a adição de três ovos por quilo de farinha
  • Macarrão Caseiro: é elaborado de forma artesanal, em que a massa é laminada. Devido à porosidade, absorve melhor o molho
  • Macarrão Grano Duro: assim chamado porque é elaborado a partir de um trigo especial chamado trigo durum. Fica naturalmente "al dente", ou seja, soltinho, porém consistente
  • Macarrão Integral: elaborado com farinha de trigo integral e contém mais fibra em sua composição. Ideal para pessoas que necessitam de dietas especiais e acompanhamento de nutricionistas

  • Não refresque o macarrão em água fria, somente no caso de saladas

  • Para cada pessoa, calcule de 80 a 100 g de macarrão cru.Como o seu volume triplica depois de cozido, essa quantidade passará para 240 a 300 g

  • Não quebre o espaguete para colocar na água

  • O macarrão deve ser servido, de preferência, imediatamente após o cozimento

  • Para sopas, cozinhe o macarrão até um pouco antes do ponto desejado e coloque na sopa antes de servir.

  • Espaguete com Rúcula

    (faça hoje,aproveite a data)

    Ingredientes:

    150 g de espaguete
    1 tomate picado
    2 colheres sopa de azeite
    1 colher sopa de cebola bem picada
    1 colher de chá de alho picado
    1 pires de mozarela de búfala picada
    folhas de rúcula

    Preparo:

    Cozinhe o espaguete e reserve. Em uma frigideira doure a cebola e o alho no azeite. Coloque os tomates ,refogue por dois minutos, junte a mozarela de bufala refogue até começar a derreter. coloque por cima do espaguete, enfeite com folhas de rúcula (porção bem cheia) e fios de azeite por cima da rúcula.

    Como surgiu o Macarrão

    Folha Online

    A origem do macarrão é incerta, mas o que se pode afirmar é que vem da antiguidade. Uma das primeiras referências sobre uma pasta cozida à base de cereais e água remete aos povos da Assíria e da Babilônia, em 2.500 a.C.

    O Talmud, o livro sagrado que traz as leis judaicas, no século 5 a.C. O itriyah dos antigos hebreus era uma espécie de massa chata usada em cerimônias religiosas.

    Porém, na versão mais comum, o macarrão teria chegado ao ocidente pelas mãos de Marco Polo, mercador veneziano que visitou a China no século 13.

    Entretanto, na Itália, já em 1279, 16 anos antes do retorno de Marco Polo, foi registrada uma cesta de massas no inventário de bens de um soldado genovês, Ponzio Bastione. A palavra macaronis, usada no inventário, seria derivada do verbo maccari,de um antigo dialeto da Sicília, significa achatar e que, por sua vez, vem do grego makar, que quer dizer sagrado.

    A versão mais aceita pelos historiadores diz que os árabes levaram a massa à Sicilia no século 9, quando conquistaram a ilha, considerada a maior da Itália.

    A partir do século 13, os italianos foram os maiores difusores e consumidores do alimento por todo o mundo: inventaram mais de 500 variedades de tipos e formatos.

    A Origem e o Significado do Rosario

    O costume de rezar breves fórmulas de oração consecutivas e numeradas mediante um artifício qualquer (contagem dos dedos, pedrinhas, ossinhos, grãos), constitui uma das expressões da religiosidade humana, independentemente do Credo que alguém professa.

    Entre os cristãos, tal hábito já estava em uso entre os eremitas e monges do deserto nos séculos IV e V. Tal praxe teve origem, provavelmente, nos mosteiros, onde muitos cristãos professavam a vida religiosa, mas não estavam habilitados a seguir a oração comum, que compreendia a recitação dos salmos.



    Em conseqüência, para esses irmãos ditos "conversos", os Superiores religiosos estipularam a recitação de certo número de "Pais-Nossos" em substituição do Ofício Divino celebrado solenemente no coro.

    Para favorecer esses exercícios de piedade, foi-se aprimorando a confecção das correntes que serviam à contagem das preces: cada um desses cordéis de grãos se dividia geralmente em cinco décadas; cada décimo grão era mais grosso do que os outros, a fim de facilitar o cálculo (portanto, ainda não se usavam, como hoje, séries de dez grãos pequenos separados por um grão maior, pois só dizia o "Pai nosso").
    Ao lado de tal praxe, ia-se desenvolvendo entre os fiéis outro importante exercício de piedade, ou seja, o costume de saudar a Virgem Santíssima; repetiam a saudação do anjo a Maria ("Ave, cheia de graça...", Lc. 1,28), acompanhada das palavras de Isabel ("bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto de tuas entranhas", Lc. 1,42). A invocação subseqüente "Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós..." ainda não estava em uso na Idade Média.
    Em conseqüência, por volta do ano 1150 ou pouco antes, os fiéis conceberam a idéia de dirigir a Maria, 150, 100 ou 50 saudações consecutivas, à semelhança do que faziam repetindo a oração do Senhor. Cada uma das séries de saudações (às quais cá e lá se acrescentava o "Pai-Nosso") devia, segundo a intenção dos fiéis, constituir uma coroa de rosas ofertada à Virgem Santíssima; daí os nomes de "rosário" e "coroa" que se foram atribuindo a tal prática; a mesma era também chamada "Saltério da Virgem Santíssima", pois imitava as séries de 150, 100 ou 50 "Pais nossos" posteriormente, os "rosários" entraram na vida de piedade dos fiéis à guisa de Breviário dos leigos, com o objetivo de entreter nos fiéis a estima para com os salmos e a oração oficial da Igreja; o rosário tem assim o seu cunho de inspiração bíblica.
    Quanto ao nome "rosário" em particular, foi muito fomentado por um relato popular do século XIII: narrava-se que um monge se comprazia em recitar freqüentemente 50 Ave-Marias, as quais emanavam de seus lábios como rosas que se iam depositar na cabeça da Virgem Santíssima.
    Um passo ulterior no desenvolvimento do Rosário se deve ao monge cartuxo Henrique de Egher ou de Calcar ( 1408) este uso foi encontrado espontânea aceitação por parte dos fiéis e veio a tornar-se comum.
    Outra etapa importante foi a associação da meditação à recitação vocal das "Ave-Marias".
    No século XIV, tal praxe estava em vigor nos mosteiros das monjas dominicanas de Töss e Jatharinental. Contudo, a difusão desse costume se deve a um monge cartuxo, Domingos Rteno, que viveu no início do século XV; Domingos propunha a recitação de 50 "Ave Marias", cada qual com seu ponto de meditação próprio. Outros sistemas de meditação entraram aos poucos em vigor, o dominicano Alano da Rocha ( 1475) sugeria a recitação de 150 mistérios, que percorriam os principais aspectos da obra da Redenção, desde o anúncio do anjo a Maria até a morte da Virgem Santíssima e o juízo final.
    Mais uma faceta da evolução do rosário, já insinuada pelos precedentes, foi a inclusão dos mistério dolorosos da Paixão do Senhor entre os temas de meditação. Isto se explica pelo caráter sombrio e tristonho que, por vezes, tomou a piedade popular no fim da Idade Média: o de pestes, os temores de fim do mundo, a guerra dos cem anos, muito chamaram a atenção dos fiéis para as tristezas da vida, em particular para as dores de Cristo e de Maria; muito então, além das sete alegrias de Maria, focalizavam devotamente as suas sete dores. A consideração destes tópicos da História mostra claramente que, durante séculos, a maneira de celebrar o "Saltério de Maria" variou muito, ficando ao arbítrio da devoção dos fiéis a forma precisa de honrar a Virgem por essa via.
    Foi, finalmente, um papa dominicano, são Pio V (1566 - 1572) quem deu ao rosário a sua forma atual, determinando tanto o número de "Pais nossos" e "Ave Marias" como o teor dos mistérios que o vem integrar. O santo Pontífice atribuiu à eficácia dessa prece a vitória naval de Lepanto, que, aos 7 de outubro de 1571, salvou de grande perigo a cristandade ocidental; em conseqüência, introduziu no calendário litúrgico da Ordem de são Domingos a festa do Rosário sob o nome de "Festa de Nossa Senhora do Rosário". A solenidade foi, em 1716, estendida à Igreja universal, tomando mais tarde o nome de "Festa de Nossa Senhora do Rosário". A devoção foi, daí por diante, mais e mais favorecida pelos Pontífices Romanos, merecendo especial relevo o papa Leão XIII, que determinou que fosse o mês inteiro de outubro dedicado, em todas as paróquias, à recitação do rosário. Na base destas notícias, vê-se o quanto é falso afirmar, como de vez em quando se lê, que o Rosário é inovação introduzida no cristianismo em 1090.
    O costume antigo de repetir orações à guisa de coroa espiritual não se concretizou apenas no Rosário de Nossa Senhora. Além deste, estão em uso entre os fiéis, outras coroas espirituais representadas por um colar de contas correspondente.
    Assim, a Coroa dos Crucíferos, a Coroa das sete dores de Maria, a Coroa das sete alegrias de Maria, a Coroa angélica, a Coroa de santa Brígida...

    Por fim, é importante notar que o rosário não é uma oração meramente vocal. A repetição das mesmas preces tem o objetivo de criar um clima contemplativo, que permita a meditação e o aprofundamento dos grandes mistérios da nossa fé, associados a cada dezena do rosário.



    Consagração á Nossa Senhora




    (De São Luiz Gonzaga)

    Santíssima Virgem Maria, minha Mãe e minha soberana, eu me lanço no seio da vossa misericórdia, e desde este momento ponho para sempre a minha alma e o meu corpo debaixo da vossa especial proteção.
    Eu vos confio e entrego em vossas mãos, todas as minhas esperanças e consolações, minhas penas e misérias em todo o decurso da minha vida e na hora da minha morte, afim de que , pela vossa intercessão, todas as minhas obras sejam feitas segundo o vosso agrado e o do vosso divino Filho; e uni-me ao seu Sacratíssimo Coração.

    Amém.

    Origem da Guarda Suica

    Durante a segunda guerra entre Carlos V e Francisco, a Cidade Eterna foi invadida e saqueada pelas tropas do Imperador. Luteranos e espanhóis protagonizaram a mais triste das jornadas da história moderna. Resgatamos este episódio do esquecimento e recordamos com honra a origem da Guarda Suíça papal
    É curioso: a recente polêmica sobre em relação ao saque a Constantinopla não trouxe à baila outro saque acaso mais sangrento e que aconteceu no coração mesmo do mundo civilizado. Trata-se do ataque a Roma por parte do Imperador Carlos V, em meio à segunda guerra contra o rei Francisco I.
    Em 6 de maio de 1527, tomam de assalto à Cidade Eterna. As cenas de violência e crueldade são inexprimíveis. O saque é cometido por tropas ensandecidas e caotizadas pela falta de líderes. A ambição pelo lucro e o ódio contra a religião se convertia em uma orgia de pilhagem, violações e torturas contra a população civil.
    Um manuscrito veneziano contemporâneo relata: "O Inferno não é nada se comparado com a visão que oferece a Roma de hoje
    Erasmo de Roterdã, um humanista pouco suspeito de fanatismo religioso pro-católico, escreve: "Roma não era só a fortaleza da religião cristã, a sustentadora dos espíritos nobres e o mais sereno refúgio das musas; era também a mãe de todos os povos.
    Roma era mais querida, mas doce, mais benfazeja que seus próprios países. Em verdade, esse episódio não constituiu tão-somente o ocaso desta cidade, mas o do mundo".
    Há cinco séculos desse triste fato, ninguém exige ao Rei da Espanha que peça perdão à Igreja ou ao Papa por esse atropelo. Nem nós católicos guardamos ressentimento contra o povo espanhol ou alemão. Nos ataques à Santa Igreja por parte de cismáticos, hereges ou pecadores, brilha a veracidade e autenticidade exclusivamente católica: a Igreja é una no tempo e no espaço. Enquanto o resto das instituições humanas se renovam, nascem e morrem, a Igreja é eterna e imutável.

    A ORIGEM DA GUARDA SUÍÇA PONTIFÍCIA

    Pouco anos antes, em 1506, formava-se a Guarda Suíça Pontifícia.
    Três anos antes, sua Santidade o papa Júlio II havia solicitado a proteção dos nobres suíços. 150 dos melhores e mais valentes nobres desse país, procedentes dos cantões de Zurique e Lucema, chegam à Cidade Eterna sob o comando do capitão Kaspar von Silenem
    Esse 6 de maio de 1527, quando as tropas invasoras assaltavam Roma, ficou marcado como o mais épico e glorioso dentre os numerosos feitos da Guarda Suíça Frente à basílica de São Pedro, os cento e cinqüenta soldados da Guarda se enfrentam com mais de mil soldados alemães e espanhóis. A contenda se desenvolve nas escadas do Altar-Mor.
    A bravura dessa Guarda ficou marcada a fogo na memória da humanidade: só sobreviveram 42 dos 150 guardas papais, formados em círculo em torno de sua Santidade o Papa Clemente VII, logrando criar uma via de escape a fim de colocá-lo a salvo no castelo de Santo Ângelo. A violência do combate e o zelo pelo Santo Padre ficou manifesto no quão caro venderam suas vidas ao inimigo: para cada um deles, morreram cinco oponentes; 800 inimigos caíram mortos ante as armas suíças
    Rememorando esse heróico gesto, a cada 6 de maio os novos "alabarderos" prestam juramento diante do Papa e são empossados. Com a mão direita levantada, os três dedos abertos recordam os três primeiros cantões suíços que se reuniram em confederação: Zurique, Uri Unterwalden e Lucema.
    A bandeira da escolta pontifícia porta, desde então, no quartel inferior as armas de Júlio II e no superior as do Papa reinante.

    Jardim Zoologico


    (by recantodalidia) - rodin o nosso caõzinho
    Jardim Velho - Paraiba do Sul/RJ

    O Jardim Zoológico do Rio de Janeiro é o mais antigo do Brasil

    Atravessar o Parque da Quinta da Boa Vista, antiga residência da família imperial portuguesa, e entrar hoje, por seu portão de arcos e colunas é transportar-se para o tempo de um outro país. Percorrer suas alamedas margeadas de palmeiras imperiais é como entrar nas páginas de um livro vivo de imagens e histórias de imperadores, princesas, escravos e todo tipo de gente comum que abriu os caminhos para construir, através dos anos, aquilo que somos.

    O Zôo carioca oferece uma mistura única de história e fauna exuberantes. Expor animais e tentar trazer para dentro da cidade um pouco da vida selvagem começou em nosso país, mais especificamente no Rio de Janeiro, em 16 de janeiro de 1888, quando o Barão de Drumond fundou no Bairro de Vila Isabel, o primeiro zoológico brasileiro. Uma área com riachos, lagos artificiais e uma extensa coleção de animais.

    O passar dos anos, entretanto, trouxe dificuldades financeiras. Manter os animais tornou-se muito difícil. Para solucionar o problema, o Barão criou o "jogo do bicho", atraindo a atenção de visitantes, moradores do bairro e, mais tarde, de toda a cidade, que faziam suas apostas pela manhã e retiravam o resultado à tarde.

    A idéia do Barão de Drumond acabou por transformar-se em uma marca no cotidiano da cidade, mas não foi suficiente para salvar o antigo zôo, que terminou fechando suas portas na década de 40.

    Em 18 de março de 1945, a cidade do Rio de Janeiro ganhou um novo zoológico, inaugurado no Parque da Quinta da Boa Vista, no histórico bairro de São Cristóvão. O zoológico carioca destaca-se na memória histórica do país. Uma das imagens mais marcantes é o imponente portão construído em sua entrada, que pode ser visto na paisagem de algumas telas pintadas durante o período imperial.

    O portão foi oferecido como presente de casamento a D. Pedro I e à futura imperatriz Leopoldina, por um nobre inglês.

    Vivendo períodos de glórias e dificuldades, o Jardim Zoológico chegou aos nossos dias e, em 1985, foi transformado em Fundação RIOZOO.

    Os Cataros

    O catarismo, do grego katharos, que significa puro, foi uma seita cristã da Idade Média surgida no Limousin (França) ao final do século XI, a qual praticava um sincretismo cristão, gnóstico e maniqueísta, manifestado num extremo ascetismo(conduta reta). Concebia a dualidade entre o espírito e a matéria, assim como, respectivamente, o bem e o mal. Os cátaros foram condenados pelo 4º Concílio Lateranense em 1215 pelo Papa Inocêncio III, e foram aniquilados por uma cruzada e pelas ações da Inquisição, tornada oficial em 1233.
    Também chamados de albigenses, rejeitavam os sacramentos católicos. Aqueles que recebiam o batismo de espírito, "consolamentum", eram considerados os perfeitos e levavam uma vida de castidade e austeridade e podiam ser tanto homens quanto mulheres. Os crentes apenas eram os homens bons e tinham obrigações menores; recebiam o consolamentum na hora da morte.
    Essa concepção sem hierarquia da espiritualidade foi considerada pela igreja católica uma ameaça para a fé e a unidade cristã, já que atraiu numerosos adeptos. Assim sendo, o catarismo foi considerado herético e contra ele foi estabelecida a , Cruzada albigense A cruzada teve parte de interesses políticos, já que as localidades onde se praticavam o catarismo (nota: esta seita era conhecida por sua tolerância religiosa ao passo que conviviam, nos mesmos reinados, judeus, pagãos, e até mesmo católicos) encontravam-se ligadas ao reino da França, porém independentes do mesmo. Antes de tudo, é conveniente ressaltar que o catarismo não pertence exclusivamente ao Languedoc, nem o Languedoc deve ser visto exclusivamente sobre o prisma do catarismo. Aderentes à doutrina cátara recebem diferentes nomes no país em que se inserem: Na Itália, eram conhecidos como na Alemanha como na Bulgária, Existiram cátaros na França, na Catalunha, na Itália, na Alemanha e, ao que parece, na Inglaterra.

    quarta-feira, 24 de outubro de 2007

    Drª Rita Levi (prêmio Nobel de Medicina)

    Prêmio Nobel de Medicina Para os que reclamam das limitações da"juventude prolongada" Olhem que mulher fantástica, e que fantástica mensagem para iluminar nossos dias...

    A Dra. Rita Levi tem 96 anos e recebeu o Premio Nobel de Medicina há 19 anos, quando tinha 77 !!! Nasceu em Turín, Itália em 1909 e obteve o titulo de Medicina na especialidade de Neurocirurgia. Por causa de sua ascendência judia se viu obrigada a deixar a Itália um pouco antes do começo da II Guerra Mundial. Emigrou para os Estados Unidos onde trabalhou no Laboratório Victor Hambueger do Instituto de Zoologia da Universidade de Washington de San Louis. Seus trabalhos junto com Stanley Cohen, serviram para descobrir que as células solo começam a se reproduzir quando recebem a ordem para isso, ordem que é transmitida por umas substâncias chamadas fatores do crescimento. Obteve o Premio Nobel de Fisiologia o Medicina no ano 1986, que compartilhou com Stanley Cohen.
    http://www.es.wikipedia.org/wiki/Rita_Levi-Montalcini

    Reportagem de 22/12/2005

    - Como vai celebrar seus 100 anos?
    -Ah, não sei se viverei até lá, e, além disso, não gosto de celebrações. No que eu estou interessada e gosto é do que faço cada dia.!

    - E o que você faz?
    - Trabalho para dar uma bolsa de estudos para as meninas africanas para que estudem e prosperem ... elas e seus paises. E continuo investigando, continuo pensando.

    - Não vai se aposentar?
    - Jamais! Aposentar-se é destruir cérebros! Muita gente se aposenta e se abandona... E isso mata seu cérebro. E adoece.

    - E como está seu cérebro?
    -Igual quando tinha 20 anos! Não noto diferença em ilusões nem em capacidade. Amanhã vôo para um congresso médico.

    - Mas terá algum limite genético ?
    - Não. Meu cérebro vai ter um século...., mas não conhece a senilidade.. O corpo se enruga, não posso evitar, mas não o cérebro!

    -Como você faz isso?
    - Possuímos grande plasticidade neural: ainda quando morrem neurônios, os que restam se reorganizam para manter as mesmas funções, mas para isso e conveniente estimulá-los!

    - Ajude-me a fazê-lo.
    - Mantenha seu cérebro com ilusões, ativo, faz ele trabalhar e ele nunca se degenera.

    - E viverei mais anos?
    - Viverá melhor os anos que vive, é isso o interessante. A chave é manter curiosidades, empenho, ter paixões....

    - A sua foi a investigação cientifica...
    - Sim e segue sendo.

    - Descobriu como crescem e se renovam as células do sistema nervoso...
    - Sim, em 1942: dei o nome de Nerve Growth Factor (NGF, fator do crescimento nervoso), e durante quase meio século houve dúvidas, até que foi reconhecida sua validade e em 1986, me deram o premio por isso.

    - Como foi que uma garota italiana dos anos vinte converteu-se em neurocientista?
    - Desde menina tive o empenho de estudar. Meu pai queria me casar bem, que fosse uma boa esposa, boa mãe... E eu não quis. Fui firme e confessei que queria estudar.

    - Seu pai ficou magoado?
    - Sim, mas eu não tive uma infância feliz: sentia-me feia, tonta e pouca coisa... Meus irmãos maiores eram muito brilhantes e eu me sentia tão inferior...

    - Vejo que isso foi um estímulo...
    - Meu estímulo foi também o exemplo do médico Albert Schweitzer, que estava em África para ajudar com a lepra. Desejava ajudar aos que sofrem, isso era meu grande sonho...!

    - E você tem feito..., com sua ciência.
    - E, hoje, ajudando as meninas da África para que estudem. Lutamos contra a enfermidade, a opressão da mulher nos paises islâmicos por exemplo, além de outras coisas...!

    - A religião freia o desenvolvimento cognitivo?
    - A religião marginaliza muitas vezes a mulher perante o homem, afastando-a do desenvolvimento cognitivo, mas algumas religiões estão tentando corrigir essa posição.

    - Existem diferencias entre os cérebros do homem e da mulher?
    - Só nas funções cerebrais relacionadas com as emoções, vinculadas ao sistema endócrino. Mas quanto às funções cognitivas, não tem diferença alguma.

    - Por que ainda existem poucas cientistas?
    - Não é assim! Muitos descobrimentos científicos atribuídos a homens, realmente foram feitos por suas irmãs, esposas e filhas.

    - É verdade?
    - A inteligência feminina não era admitida e era deixada na sombra. Hoje, felizmente, tem mais mulheres que homens na investigação científica: as herdeiras de Hipatia!

    - A sábia Alexandrina do século IV...
    - Já não vamos acabar assassinadas nas ruas pelos monges cristãos misóginos, como ela. Claro, o mundo tem melhorado algo...

    - Ninguém tem tentado assassinar a você...
    - Durante o fascismo, Mussolini quis imitar o Hitler na perseguição dos judeus..., e tive que me ocultar por um tempo. Mas não deixei de investigar: tinha meu laboratório em meu quarto...E descobri a apoptose, que é a morte programada das células!

    - Por que tem uma alta porcentagem de judeus entre cientistas e intelectuais?
    - A exclusão estimula entre os judeus os trabalhos intelectivos e intelectuais: podem proibir tudo, mas não que pensem! E é verdade que tem muitos judeus entre os prêmios Nobel...

    - Como você se explica a loucura nazista?
    - Hitler e Mussolini souberam como falar ao povo, onde sempre prevalece o cérebro emocional por cima do neocortical, o intelectual. Conduziram emoções, não razões!

    - Isto está acontecendo agora?
    - Porque você acha que em muitas escolas nos Estados Unidos é ensinado o creacionismo e não o evolucionismo?

    - A ideologia é emoção, é sem razão?
    - A razão é filha da imperfeição. Nos invertebrados tudo está programado: são perfeitos. Nós não. E, ao sermos imperfeitos, temos recorrido à razão, aos valores éticos: discernir entre o bem e o mal é o mais alto grau da evolução darwiniana!

    - Você nunca se casou ou teve filhos?
    - Não. Entrei no campo do sistema nervoso e fiquei tão fascinada pela sua beleza que decidi dedicar todo meu tempo, minha vida!

    - Conseguiremos um dia curar o Alzheimer, o Parkinson, a demência senil?
    - Curar... O que vamos conseguir será frear, atrasar, minimizar todas essas enfermidades.

    - Qual é hoje seu grande sonho?
    - Que um dia possamos utilizar ao máximo a capacidade cognitiva de nossos cérebros.

    - Quando deixou de sentir se feia?
    - Ainda estou consciente de minhas limitações!

    - Que tem sido o melhor da sua vida?
    - Ajudar aos demais.

    - O que você faria hoje se tivesse 20 anos?
    - Mas eu estou fazendo!!!!

    Poderes da Soja

    A soja tem sido muito debatida atualmente por causa das descobertas fantásticas a respeito das suas propriedades.

    Excelente fonte de proteínas, fibras, minerais e ácidos graxos, a soja é considerada a mãe dos alimentos funcionais. Vários estudos científicos comprovam a ação da soja na prevenção de doenças, como problemas de coração, alguns tipos de câncer, osteoporose, mal da Alzheimer e sintomas da menopausa nas mulheres. Além desses benefícios, a soja é uma excelente fonte de proteínas da mais alta qualidade.

    Para quem pratica atividades físicas a proteína de soja fornece os aminoácidos essenciais para obtenção de excelentes resultados. Além disso, as pesquisas mostram que a proteína de soja pode acelerar a recuperação dos músculos após os exercícios.

    No combate às doenças cardíacas

    Pesquisas recentes revelam que no controle do colesterol, a soja diminui os níveis de LDL, o chamado colesterol ruim, aumentando a quantidade de colesterol bom (HDL) no sangue.

    Além disso, ela inibe a oxidação do colesterol e impede a formação de coágulos e o crescimento das células que formam placas nos vasos sanguíneos.

    O FDA (Food and Drug Administration), órgão que regulamenta a produção de alimentos e medicamentos nos EUA, recomenda a ingestão diária de 25g de proteína de soja, que corresponde a cerca de 60g de grãos para o controle dos níveis de colesterol e triglicérides, reduzindo assim os riscos de infarto, trombose, arteriosclerose e acidentes vasculares cerebrais (AVC).

    Na prevenção do câncer

    Outro benefício proporcionado pela soja é a prevenção de alguns tipos de câncer, como o de mama, próstata e cólon. A baixa incidência de câncer de próstata e de mama entre as populações orientais é atribuída ao alto consumo de soja nesses países.

    Estudos feitos na China e no Japão mostram q o consumo diário de 60 a 80mg de isoflavonas, substâncias fitoquímicas presentes na proteína de soja, pode reduzir em até 22% o risco de câncer de mama.

    No Brasil, pesquisas do Instituto Nacional do Câncer mostram que o consumo do grão pode diminuir o risco de se contrair câncer na região das mamas, em função da ação das isoflavonas.

    No alívio dos sintomas da menopausa e prevenindo a osteoporose

    Além da prevenção contra o câncer, a soja ameniza os sintomas típicos da menopausa como as ondas de calor. Outra razão para que não fique fora do cardápio das mulheres é que as isoflavonas ajudam a preservar a massa óssea, prevenindo a osteoporose.

    As isoflavonas - principal componente bioativo da soja - podem ser usadas durante a menopausa como alternativa à reposição hormonal, pois apresentam semelhança estrutural com os hormônios estrogênicos.

    Na prevenção do mal de Alzheimer

    Entre as pesquisas mais recentes envolvendo os benefícios da soja para a saúde e na prevenção de algumas doenças destaca-se um estudo sobre o mal de Alzheimer.

    A coreana Helen Kim, chefe do departamento de Farmacologia e Toxicologia do Centro de Envelhecimento da Universidade do Alabama (EUA), descobriu que a adoção de soja nas dietas das mulheres diminuiu a tendência de desenvolver a doença,por isso e por tudo mais devemos incluir a soja na nossa alimentação.

    A Lenda do Erva Mate

    Era sempre a mesma coisa: a tribo derrubava
    um pedaço de mata, plantava mandioca e o milho, mas depois de quatro ou
    cinco anos a terra se exauria e a tribo precisava emigrar à terra além.

    Conta a lenda que um velho guerreiro carijó cansado de tais andanças e
    não podendo mais caçar nem guerrear devido à sua avançada idade e à
    doença, recusou a seguir adiante e preferiu quedar-se na tapera.
    A mais
    jovem de suas filhas a Yari ficou entre dois corações: seguir adiante,
    com os moços de sua tribo, ou ficar na solidão, prestando arrimo ao
    ancião até que a morte o levasse.
    Ela ficou com seu velho pai , isso
    entristecia muito o velho índio , pois sua filha Yari não tinha contato
    com outras jovens de sua idade porque ficava lhe fazendo companhia e
    não seguiu com a tribo.

    Um dia , quando o velho estava só com a filha, apareceu um estranho
    guerreiro, vindo de muito longe, pedindo pousada. Dias após, o viajante
    que ficara amigo do velho índio contou que era um pajé enviado de Tupã
    e perguntou-lhe: - o que te falta, meu bom amigo? E o velho disse que
    gostaria de ter companheiro cheio de paciência, que nada criticasse e
    que o distraísse em sua velhice. Que lhe desse a força do calor que tem
    a amizade das mãos amigas. Só assim poderia deixar Yari em liberdade
    para seguir a sua vida.

    O enviado de Tupã respondeu que então vou lhe dar uma planta muito
    verde para que você colha as folhas e seque-as ao fogo , triture e
    coloque-as dentro de um porongo, acrescentando água quente ou fria e beba
    esta infusão com um canudo de taquara.

    " Nesta bebida nova, você achará uma companhia saudável, até mesmo
    nas horas tristes da solidão ".
    .
    Foi assim que nasceu a bebida caá-y que os brancos mais tarde adotaram
    com o nome de chimarrão.

    E também vou premia-lo pela generosidade de sua acolhida , tornando
    imortal , sua bela e inocente filha, a quem você quer tanto. Assim a
    jovem carijó Yari, foi transformada na árvore da erva-mate
    que desde então existe e por mais que a cortem, sua folhagem volta a
    brotar e a florir sempre mais vigorosa, permanecendo eternamente jovem.
    Depois disto o misterioso pajé foi embora. Caá-Yari tornou-se a deusa
    dos ervais protegendo suas selvas , favorecendo os ervateiros,
    abreviando seus caminhos , diminuindo-lhes o peso dos feixes e
    mitigando-lhes a árdua e cansativa jornada de trabalho nos ervais.


    (Lenda indígena)