quarta-feira, 20 de maio de 2009

Beba mais agua

Meus Caros(as)

Recebi e acredito que as informações, sejam essenciais à vida, não só dos idosos mas de todos nós.

Sempre que dou aula de Clínica Médica a estudantes do quarto ano de
Medicina, lanço a pergunta:

"Quais as causas que mais fazem o vovô ou a vovó terem confusão mental?"
Alguns arriscam: "Tumor na cabeça".
Eu digo: "Não".
Outros apostam: "Mal de Alzheimer".
Respondo, novamente: "Não". A cada negativa a turma espanta-se.
E fica ainda mais boquiaberta quando enumero os três responsáveis mais
comuns: diabetes descontrolado; infecção urinária; desidratação.

A família passou um dia inteiro no shopping, enquanto os idosos ficaram em
casa. Parece brincadeira, mas não é.
Constantemente vovô e vovó, sem sentir sede, deixam de tomar líquidos,
quando falta gente em casa para lembrá-los, desidratam-se com rapidez. A
desidratação tende a ser grave e afeta todo o organismo.
Pode causar confusão mental abrupta, queda de pressão arterial, aumento dos
batimentos cardíacos , angina (dor no peito), coma e até morte.
Insisto: não é brincadeira.
Ao nascermos, 90% do nosso corpo é constituído de água. Na adolescência,
isso cai para 70%. Na fase adulta, para 60%.
Na terceira idade, que começa aos 60 anos, temos pouco mais de 50% de água.
Isso faz parte do processo natural de envelhecimento, portanto, de saída , os idosos
têm menor reserva hídrica.
Mas há outro complicador: mesmo desidratados, eles não sentem vontade de
tomar água, pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam
muito bem.
Explico: nós temos sensores de água em várias partes do organismo.
São eles que verificam a adequação do nível, quando ele cai, aciona-se
automaticamente um "alarme". Pouca água significa menor quantidade de
sangue, de oxigênio e de sais minerais em nossas artérias e veias. Por
isso, o corpo "pede" água.
A informação é passada ao cérebro, a gente sente
sede e sai em busca de líquidos.
Nos idosos, porém, esses mecanismos são menos eficientes.
A detecção de falta de água corporal e a percepção da sede ficam
prejudicadas. Alguns, ainda, devido a certas doenças, como a dolorosa
artrose, evitam movimentar-se até para ir tomar água.
Conclusão: idosos desidratam-se facilmente não apenas porque possuem
reserva hídrica menor, mas também porque percebem menos a falta de água em
seu corpo. Além disso, para a desidratação ser grave, eles não precisam de
grandes perdas, como diarréias, vômitos ou exposição intensa ao sol. Basta
o dia estar quente - ou a umidade do ar baixar
como tem sido comum nos últimos meses. Nessas situações, perde-se
mais água pela respiração e pelo suor.
Se não houver reposição adequada, é desidratação na certa. Mesmo que o idoso seja saúdavel,fica prejudicado o desempenho das reações químicas e
funções de todo o seu organismo. Por isso, aqui vão dois alertas.
O primeiro é para vovós e vovôs: tornem voluntário o hábito de beber
líquidos. Bebam toda vez que houver uma oportunidade. Por líquido
entenda-se água, sucos, chás, água-de-coco, leite.
Sopa, gelatina e frutas ricas em água, como melão, melancia, abacaxi,
laranja e tangerina, também funcionam. O importante é, a cada duas horas,
botar algum líquido para dentro. Lembrem-se disso!

Meu segundo alerta é para os familiares: ofereçam constantemente líquidos
aos idosos. Lembrem-lhes de que isso é vital.
Ao mesmo tempo, fiquem atentos. Ao perceberem que estão rejeitando líquidos
e, de um dia para o outro, ficam confusos, irritadiços, fora do ar,
atenção. É quase certo que esses sintomas sejam decorrentes de
desidratação. Líquido neles e rápido para um serviço médico.

Arnaldo Lichtenstein (46), médico, é clínico-geral do Hospital das
Clínicas e professor colaborador do Departamento de Clínica
Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Seja Feliz !!!!

Recebi este e-mail na minha postal do Yahoo, quem enviou foi o amigo Paulo veterinário!

Valeu!


(imagem do rio Paraiba do Sul)

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