'Um caso Judicial'
No dia 11 de setembro de 1890 deu-se o assassínio de Anne M...,a dita senhora havia saído de casa ,com o intuíto de apanhar capim (ou feno )
para alimentar os seus animais e não havia retornado.
No dia seguinte ,seu marido encontrou o cadáver num bosque. Fora morta com um tiro nas costas.
As suspeitas logo recaíram sobre seu marido, mais tarde ,as suspeitas voltaram-se para Joseph Zavrel e Michel Vaseley, mas como provas não havia foi arquivado o processo . O caso já ia caindo no esquecimento , quando ocorreu um fato imprevisto no mês de fevereiro de 1891.
Joseph Kreill apresentou-se ao Procurador Geral , e fez a seguinte declaração:
Perto da meia-noite fui acordado por força estranha e irresistível, quando abri os olhos , vi diante de mim a senhora Anne M..., vestida de branco. O meu primeiro impulso foi fugir , mas o 'fantasma' me disse:
- Não tenha medo. Foi Kastuvav- apelido do cultivador de Joseph Zavrell ,foi ele que me matou com um tiro de espingarda, e Vaseley me arrastou para o estábulo da herdade de Kastuvka .
- 'Vá ao Cura e diga o que ocorreu'. Falando isso desapareceu. Declarou o vidente que se achava em seu estado normal, que era estranho á aldeia de Voijetchov , (onde ocorreu o crime), mas a aparição produziu-se por quatro vezes e a falecida, na última vez - ameaçou seriamente a Kreill se ele não procurasse as autoridades. O homem estava desorientado - os céticos iriam ridicularizá-lo, temia que ninguém acreditasse nele, e todas as noites o fenômeno se repetia. Morrendo de medo ,na última vez que viu a aparição, pediu uma prova.
- 'Prova, não posso dar nenhuma'. - disse o fantasma - mas colocou a mão no ombro de Kreill, deixando lá a marca da mão impressa, enquanto este, sentia-se desfalecer .
Não tinha mais condições de suportar aquilo - pensou , foi ao Cura , que o remeteu ao Procurador Geral. Este aconselhou que firmasse a denúncia , e constatou com grande espanto no ombro esquerdo de Kreill - o sinal escuro da mão com os dedos afastados.
Reabriu-se o processo . Os resultados foram surpreendentes. Zavrel acabou confessando o crime , no seu relato consta:
'Ao chegar no campo descobrira um vulto, persegui-o e como ele não parasse, atirou'. O amigo auxiliou-o no encobrimento do cadáver.
Zavrel e Vaseley foram julgados culpados, bem como os familiares - por falso testemunhos, ( 0s familiares haviam declarado que os dois não haviam saído de casa
no dia em que mataram a camponesa).
Na longa descrição do processo há os nomes dos magistrados que constituíram a Corte, bem como o nome do Procurador Geral e dos defensores.... assim como a sentença aos culpadoss.
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