terça-feira, 20 de novembro de 2007

Observatorio de Shanxi


(acervo - Lidia M. Pereira)

Pequim

Arqueólogos chineses descobriram recentemente na província de Shanxi as ruínas do que, segundo eles, é o observatório astronômico mais antigo do mundo. Segundo a imprensa oficial, o local tem 4.100 anos.

He Nu, da Academia Chinesa de Ciências Sociais, afirmou que o lugar é 2.000 anos mais antigo do que o observatório até agora considerado o mais antigo do mundo, construído pelos maias na América Central.

O local, situado na localidade de Taosi, apresenta duas enormes plataformas semicirculares contidas uma dentro da outra (a maior de 60 metros de diâmetro, a menor de 40), rodeadas por 13 pilares de pedra de quatro metros de altura.

Entre os 13 pilares há 12 buracos, comparáveis aos 12 meses do ano e à passagem das estações. Com este sistema, os antigos chineses anotavam os diferentes lugares do observatório pelos quais o sol nascia e se punha ao longo do ano.

Segundo He, o observatório não era usado somente para contemplar os astros, mas também como lugar para rituais de sacrifício.

As ruínas foram encontradas há um tempo, mas só se afirmou que se tratava de um observatório depois que os arqueólogos passaram um ano e meio anotando os movimentos solares através dos buracos formados pelas colunas.

Para surpresa dos pesquisadores, as anotações eram quase idênticas às dos astrônomos antigos que inventaram o calendário chinês, diferente do ocidental, já que é regido pelos ciclos lunares (o ano chinês é mais curto que o ocidental, mas a cada dois ou três anos se acrescenta um 13º mês para compensar).

Acredita-se que nas ruínas de Taosi, situadas no distrito de Linfen, viveram civilizações pré-históricas entre os séculos 26 a.C e 16 a.C, o que os chineses conhecem como dinastia Xia (embora os primeiros imperadores chineses de que se têm testemunhos históricos sejam de 1.400 anos após esta data).

Documentos históricos posteriores asseguram que já em 2.400 a.C. existiam oficiais reais encarregados da observação dos astros, algo que ficou confirmado com a descoberta de Taosi.

A astronomia chinesa na antigüidade era mais avançada que a ocidental, e os cientistas dessa civilização foram os primeiros humanos a descobrir fenômenos como as supernovas.


Observatorio de Lima


Evidências provam que as ruínas de Chankillo, a 400 km de Lima - Peru, foram um observatório astronômico, mais antigo das Américas.
Registos escritos sugerem que os incas faziam observações solares por volta dos anos 1500 da era cristã, sendo a sua religião centrada na adoração ao Sol.
Segundo os pesquisadores Iván Ghezzi, da Pontifica Universidade Católica do Peru, e Clive Ruggles, da Universidade de Leicester, as torres e os pontos de observação em lados opostos são indícios de que Chankillo, com cerca de dois mil anos, tinha a função de prever as épocas do ano para a agricultura

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