sábado, 2 de maio de 2009

Michael de Notre Dame

Michael de Notre Dame (pelo nome latino Nostradamus) nasceu em 14 de dezembro de 1503 na cidade de Saint-Rémy, Provence, França.
De pais judeus, foi o primeiro de 5 filhos do casal Jaume e Reynière, posteriormente convertidos ao catolicismo,desde a sua infância, Nostradamus freqüentava a Igreja com assiduidade e demonstrava interesse por literatura clássica, filosofia e fundamentos de medicina. Seus avós (ascendentes de Ishacar, um povo constituído de sábios e profetas) lhe transmitiram ensinamentos astrológicos, matemáticos e ocultistas; além de latim, grego e hebraico. Aos 14 anos em Avignon, deparou-se e aderiu a teoria opositora do Heliocentrismo, baseada na premissa de que não a Terra, mas o Sol era o centro do universo.
Em 1522, Nostradamus foi estudar medicina na universidade de Montpellier. Um médico-astrólogo de origem judaica, era uma personalidade facilmente visada para os Inquisidores. Por isso, completou o bacharelado e vagou pela Europa, ganhando reputação ao curar com ervas os enfermos da peste bubônica que assolava o século XVI. Ainda que eficientes, seus métodos medicinais eram muito contestados na época.
Retornou à universidade em outubro de 1529, concluiu o doutorado e recebeu o chapéu quadrado dos médicos, o anel de ouro e as obras de Hipócrates. Lecionou nesta universidade por um ano e voltou a perambular em busca das vítimas da peste.
Em 1534, Nostradamus estava em Agen quando conheceu a jovem e rica Adriette du Loubejac. Casou-se e teve dois filhos. Porém, sua esposa e as crianças foram subitamente mortas pela peste. Após este fato, Nostradamus foi para Luxemburgo e isolou-se no mosteiro de Orval.
Na cidade de Marselha, o profeta dedicava-se totalmente a medicina quando foi convidado por seu irmão, Bertrand, para ir a Salon. Lá, foi apresentado à viúva Anne Ponsard Gemelle, com quem casou-se , teve três filhos e três filhas. Nessa época, escrevia e comercializava um periódico anual sobre a previsão meteorológica que fazia grande sucesso entre os agricultores locais; além dos livros de receitas de cosméticos, perfumes e conservação de alimentos

As Centúrias do Profeta

As profecias de Nostradamus eram feitas em profundo estado de transe. Também utilizava cálculos astrológicos para definir a data e horário mais adequado. Na Sexta-Feira Santa de 1554, deu início a sua mais famosa obra: As Centúrias.
As Centúrias são as profecias compiladas em 10 livros, sendo que cada um possui 100 quadras (rimas em quatro linhas, que totalizam 1000 previsões). Não seguem coerência cronológica, e foram escritas combinando francês arcaico, grego, latim e um dialeto do sul da França denominado Languedoc, além disto, existem anagramas, referências mitológicas e astrológicas numa linguagem subjetiva que dificulta a compreensão. Alguns estudiosos afirmam que esse foi um recurso utilizado para se esquivar da Santa Inquisição.
A primeira parte das Centúrias foi publicada em maio de 1555 pela casa Mace Bonhomme, de Lyon. O prefácio assinado por Nostradamus dedicava o livro a César, seu filho recém-nascido. A segunda parte foi publicada apenas em 1557. O trabalho seria concluído em quatro anos.
A quadra 35 da Centúria I, cita com quatro anos de antecedência a morte do Rei Henrique II num duelo. Assim, a Rainha Catarina de Médicis o convocou para fazer o horóscopo dos nobres. Através da vidência, o profeta ainda resolveu um caso de roubo da Catedral de Orange. Dessa forma, Nostradamus conquistou notoriedade pela sua capacidade de prever o futuro e ficou conhecido como O Mago de Salon.



Em sua totalidade, as Centúrias trazem previsões generalizadas de acontecimentos significativos da humanidade à partir de 1557, tais como as guerras mundiais, a revolução francesa, o assassinato de Kennedy, e o surgimento de Napoleão e Hitler. O fim do mundo ocorreria no ano 7000, quando o Sol destruiria a Terra e retomaria sua condição suprema no universo. Porém, existe uma dúvida se a previsão foi baseada no calendário judeu ou cristão. O profeta também anteviu as calúnias que ele próprio sofreria ao longo dos séculos, e a comercialização de sua imagem e obra.

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