quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O gato e a barata


Era uma vez uma velha barata cascorenta . Um dia ela subiu pelo pé do copo que, ainda com um pouco de vinho, tinha sido largado num canto da cozinha, desceu pela parte de dentro e começou a lambiscar o vinho. Dada a pequena distância que nas baratas vai da boca ao cérebro, o álcool lhe subiu logo. Bêbeda, a baratinha caiu dentro do copo. Debateu-se, bebeu mais vinho, ficou mais tonta, debateu-se mais, bebeu mais, tonteou mais e já quase morria quando deparou com o carão do gato que sorria de sua aflição, do alto do copo.
- Gatinho, meu gatinho - pediu ela, me salva, me salva.
Me salva que assim que eu sair daqui eu deixo você me engolir inteirinha, como você gosta. mas...me salva.
- Você deixa mesmo eu engolir você? - disse o gato
- Me salllvaaaa!
- Implorou a baratinha
- Eu prometo
O gato salva então , virou o copo com uma pata, o liquido escorreu e com ele a baratinha que, assim que se viu no chão, saiu correndo para o buraco mais perto, onde caiu na gargalhada.

- Ká,ká,ká,ká!

- Que é isso? Perguntou o gato. - Você não vai sair daí e cumprir sua promessa?
Você disse que a deixaria comer você inteira.
- Ah,ah,ah, - riu a barata, sem poder se conter
E você é tão imbecil a ponto de acreditar na promessa de uma barata,velha e bêbada?



Moral da estória


#As vezes a autodepreciação nos livra do perdão.#

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