segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Esta na hora de acabar

A mutilação feminina,em pleno século XXI





(acervo:recantodalidia)

Em pleno século XXI, ainda encontramos países que continuam a praticar a secular mutilação genital feminina. Corte este que extirpa parte da vagina da mulher e aterroriza milhões de crianças e adolescentes.
A Organização das Nações unidas (ONU) emitiu um relatório que demostra que até 140 milhões de mulheres foram submetidas a essa dolorosa prática.
Este tema foi abordado no filme "Flor do Deserto", que conta a história de Waris Dirie, nascida na Somália.
Em 1997 ela teve a coragem de revelar ao mundo que sofrera mutilação vaginal á força, aos cinco (5) anos de idade.
Algumas tribos costumam retirar o clitóris ou parte dele. Em outras regiões são retiradas também os grandes e pequenos lábios da vagina. Depois do corte, há ainda os que costuram parte do orgão. Sempre sem anestesia ou assepsia.

"Parece um filme de terror - a menina é segurada a força pela mãe, e os cortes são feitos com giletes, cacos de vidro ou chifres afiados de animais. Em algumas tribos ainda passam cinzas ou esterco pois acham que vai limpar a lâmina antes do ritual. Pelas estatísticas cerca de 10% morrem por causa de infecções e sangramentos".

Liderada pela ativista Annie Corsini, a ONG que tem a sua sede na Suiça e faz o trabalho de educação de mulheres africanas para evitar que a mutilação continue sendo realizada.
A partir de 2004, Annie visita as tribos pelo menos 2 vezes ao ano e tem o costume de levar consigo , uma vagina de plástico para explicar ás mulheres da tribo o funcionamento do orgão e da parte que foi retirada.
Em algumas tribos a mutilação marca uma passagem da vida da mulher. Acreditam que a mulher cortada respeitará om casamento. Outras acreditam que ela ficará limpa.
Há mulheres que acreditam que se não forem cortadas, não poderão ter filhos homens, as meninas acabam cedendo á vontade dos familiares, pois se não o fazem são expulsas da família.
As tribos que ainda praticam a mutilação feminina pertencem a regiões com pouco ou nenhum acesso á educação.
O corte é feito pelas mulheres que recebem para isso são as "excisadoras". Trata-se de uma profissão como outra qualquer.
O trabalho de Annie junto á ONG pode ser acompanhado pelo site:

www.e-solidarity.org

Pelas visitas á tribo Maasai, no Quênia ela ganhou um nome africano, "Naramat" cujo significado é : aquela que cuida dos outros.





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