sábado, 29 de setembro de 2007

Especiarias



O significado da expressão "especiarias".

"Palavra proveniente do termo latim ‘especia’ = substância. Tem o sentido de substâncias raras e caras, usadas em pequenas quantidades, para fins de perfumaria (cosmética), remédio (drogas que curam doenças), e condimento (temperos usados principalmente na técnica de conservação dos alimentos, para disfarçar e/ou suavizar os sabores).
As especiarias eram, em sua maioria importadas do Oriente e foram um dos fatores importantes no surto e na evolução dos descobrimentos. A noz-moscada; o gengibre; a canela; o cravo-da-índia; a pimenta (líder absoluta da preferência das importações); e, por algum tempo, o açúcar são alguns exemplos de especiarias apreciadas pelos europeus na Idade Moderna.
O açúcar deixa de ser considerado uma especiaria com o início de seu consumo em massa, a partir da monocultura açucareira fomentada pelos portugueses. Data desta época a expressão “caro como pimenta”."
Ou seja, as especiarias eram produtos que vinham de regiões específicas da Ásia e que somente eram produzidas lá, seja pela necessidade de clima específico, seja porque os produtores das mesmas monopolizavam a sua produção/exportação.

Portanto, os portugueses, apoiados na política do comércio feito com a "boca de um canhão apontado", abriram os mercados orientais, construindo feitorias e entrepotso na costa oriental da África (Zanzibar e Moçambique), na Península arábica (Mascate), na Índia (Goa), na Indonésia (Ilhas Molucas - as ilhas das Especiarias) e na China (Macau).


Abaixo segue alguns exemplos de especiarias:

Açafrão (Croccus sativa)
Açafrão-da-terra (Curcuma longa)
Canela (Cinnamomum zeylanicum)
Cânfora (Cinnamomum camphora)
Cardamomo
Cássia de Java (Cassia javanica)
Cravo-da-índia (Syzygium aromaticum)
Cominho (Cuminum cyminum L)
Curcuma
Gengibre (Zingiber officinale)
Incenso de olíbano
Mostarda
Noz-moscada e macis (Myristica fragrans Houtt)
Páprica
Pimenta calabresa (peperoncino)
Pimenta preta (Piper nigrum L) (Pimenta-do-reino)


Note que o comércio com o Oriente era tão lucrativo que inclusive deu origem, posteriormente, à expressão "negócio da China" (século XIX), isto é, um negócio fabuloso, em que o risco é nulo e o lucro é fantástico:

"Transação comercial muito vantajosa para uma das partes e extremamente onerosa à outra; aproveitar grande oportunidade; negócio que dá muito dinheiro."

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