A primeira loja maçónica portuguesa estabeleceu-se em Lisboa de 1735 a 1743, sob influência estrangeira (João Custon - suiço -, e Jacques Mouton - francês). No reinado de D.José, sob a ação do Marquês de Pombal, abranda-se a repressão anti-maçonica, e em 1801 haveria já cinco lojas em Lisboa, pertencentes a indivíduos de classes abastadas e intelectuais (alguns até eclesiásticos).
O primeiro grão-mestre português - o desembargador Sebastião José de Sampaio e Melo Castro e Luzignano - foi eleito em 1804. No decurso das invasões francesas (1807-1810) as condições propícias permitiram o engrossamento dos quadros maçónicos (13 lojas em Lisboa,em 1812), não obstante a perseguição iniciada em 1810. E, apesar da proibição solene ditada do Rio de Janeiro em 1818 (após as conspirações libertárias de 1817 em Lisboa e em Pernambuco), haveria já lojas maçónicas também no Porto, Coimbra, Santarém e Elvas.
Aos "pedreiros-livres" atribuem-se muitos sucessos políticos liberais, e depois republicanos (Implantação da República em 1910).
Distuinguem-se três períodos no estabelecimento e engrossamento da Maçonaria :

1º - até cerca de 1834.
Foi a fase heróica, de caráter fundamentalmente burguês ;
2º do estabelecimento definitivo do regime liberal até meados do século. Marcado por uma dissensão interna, entre uma maçonaria cartista e outra setembrista ;
3º - dos inícios da "paz podre" regeneradora até à proclamação da República, momento em que se esgotam as virtualidades revolucionárias da ordem.
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