terça-feira, 16 de março de 2010

Teoria de Jerome Seymour Bruner



Considerações sobre a Teoria de Jerome Seymour Bruner –

Bruner divide seus estudos em dois momentos: no primeiro, centra-se em pesquisas de laboratório de percepção e raciocínio; no segundo, em situações de observação natural através de interações sociais numa perspectiva socioconstrutivista. Para ele, o ensino de determinado assunto a uma criança não depende de seu estágio de desenvolvimento pois todas elas são naturalmente curiosas e têm o desejo de aprender que deve ser aproveitado em sua educação. Nas diferentes etapas de seu desenvolvimento, a criança tende a representar o mundo em que interage de três formas: enativa, icônica e simbólica. Na representação enativa, a criança define as palavras associando-as a ações. Ex: a cama é para dormir. Nesse ponto, o adulto deve interagir com a criança de acordo com seu nível de compreensão para que ela alcance um determinado resultado. Um trabalho com fantoches numa história infantil, por exemplo, favorece mais o entendimento da criança do que uma narração puramente verbal. Na representação icônica, a criança já possui a imagem dos objetos sem que seja preciso manipulá-los concretamente. A representação não depende mais da ação como na fase anterior. Na representação simbólica, a criança utiliza o pensamento abstrato para representar o mundo por símbolos, sem necessitar da ação. Ela também é capaz de receber mensagens verbais e utilizar-se da linguagem para relatar suas experiências. Para que a criança tenha um desenvolvimento cognitivo adequado, ela deve ser exposta a estímulos ambientais variados. Bruner enfatiza que a criança aprende através das descobertas e conhecimentos das coisas em seus aspectos mais significativos.

Cristiane P.F. de Carvalho

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