terça-feira, 9 de outubro de 2007

Rainha Elisabeth I

Henrique VIII, rei da Inglaterra de 1509 a 1547, foi amante de Ana Bolena, enquanto era casado com a espanhola Catarina de Aragão, durante anos. No sétimo,Ana Bolena engravidou e, na esperança de que ela esperasse um menino, o monarca rompeu com a Igreja Católica para conseguir o divórcio e legitimar o provável herdeiro.
Em 7 de setembro de 1533, nasceu Elizabeth. Não era o sucessor sonhado por Henrique VIII, mas o começo de uma nova Inglaterra, a Inglaterra da época dourada que propiciou a revelação de talentos como o do poeta e dramaturgo William Shakespeare, e período em que o país consolidaria a religião anglicana e se tornaria uma potência mundial.

Para ter um filho saudável, Henrique VIII se casou seis vezes. Somente Jane Seymour, sua terceira mulher, lhe daria o esperado sucessor, Edward VI, que morreu com 16 anos, provavelmente de tuberculose, depois de reinar por apenas seis anos.

Até ser coroada, Elizabeth viveu a maior parte dos seus dias afastada da corte, rejeitada pelo pai. Quando tinha menos de três anos, sua mãe foi decapitada, sob acusação de adultério. A lista dos amantes era longa. Incluía um menestrel, três membros da corte e seu próprio irmão, George. Historiadores modernos têm sérias dúvidas sobre a veracidade das acusações.

A Elizabeth real alegrou a corte, mandou matar a
rainha da Escócia e fez da Inglaterra uma potência mundial


O que realmente desapontava Henrique VIII era a falta de herdeiros do sexo masculino. Se Ana Bolena fosse inocentada, o rei já tinha outro plano: acusá-la de bruxaria. Bolena tinha manchas grandes na pele, uma delas no pescoço, o que na época era considerado indicação de que a pessoa era bruxa. Elizabeth quase não tocava no nome da mãe. Quando falava dos pais, era somente para ressaltar sua semelhança com o rei.

Graças à insistência de sua madrasta Catherine Parr, a sexta mulher do rei, Elizabeth foi educada da mesma forma que Edward. Tornou-se fluente em francês, italiano, grego e latim, o que lhe permitiu conversar com enviados e embaixadores sem intérpretes.

Com a morte de Henrique VIII, Catherine Parr casou-se com o ambicioso Thomas Seymour, que já havia pedido a mão de Elizabeth e a de sua irmã mais velha, Mary Tudor, filha de Catarina de Argão, mas foi rejeitado pelas duas. Agora, todos moravam sob o mesmo teto. Mas por pouco tempo. Elizabeth foi mandada embora depois que Catherine flagrou seu marido abraçando-a. Os boatos foram mais cruéis: Seymour teria engravidado Elizabeth.

Com a morte de Edward VI, Mary Tudor foi coroada. Católica fervorosa, virou Bloody Mary (Mary, a Sangüinária) ao levar à fogueira milhares de protestantes. Queria a todo custo reatar a aliança com Espanha e Roma. Perseguidos, os protestantes viam Elizabeth como sua salvadora: um símbolo de uma nova fé. Mas ela sabia o perigo que corria e era discreta em suas crenças religiosas, o que não impediu que diversas rebeliões fossem feitas em seu nome. Mary trancou a irmã na macabra Torre de Londres durante anos.

Antes de morrer, vítima de um câncer no útero ou no ovário (os sintomas da doença durante meses fizeram-na pensar que estivesse grávida), Mary nomeou Elizabeth, então com 25 anos, sua sucessora. William Cecil era o braço direito da nova rainha e exerceu as funções de chanceler, tesoureiro e secretário. A nomeação de lord Robert Dudley para o posto de master of horses, encarregado dos estábulos reais, foi motivo de fofocas na corte. Havia boatos de que eram mais do que bons amigos de infância. Passavam muito tempo juntos. Dudley tinha hábito de entrar nos aposentos da rainha enquanto ela se vestia e acariciava suas mãos e seu rosto em público. Mas era casado. Sua mulher, Amy Rosbart, apareceu morta, caída ao pé de uma escadaria quando estava sozinha em casa. Nunca ficou esclarecido se foi suicídio, acidente ou assassinato.

Um comentário:

passarinho disse...

Muito bom o seu blog. Bom, mesmo! Posso segui-lo e indicá-lo? Não resisti e publiquei em meu blog o poema "Não te Amo mais". Mas fiz referência.