quarta-feira, 16 de julho de 2008

A Sombra do Sepulcro

Um trecho da prosa, de autoria da 'Sombra do Sepulcro'

"Imprudente! Tu dizes: A sombra do Sepulcro fala a linguagem humana, ela se serve das imagens bíblicas, das palavras, das metáforas, das ficções, para dizer a verdade; a Sombra do Sepulcro não tem asas, a Sombra do Sepulcro não se parece com um livro aberto diante de Deus; a Sombra do Sepulcro não é um anjo, como a Igreja os vê; em veste branca e com uma palma na mão; e a Sombra do Sepulcro não é um mascarado; tu tens razão eu sou uma realidade.
Se eu desço para falar-vos em vosso jargão em que o sublime consiste em tão escassa expressão, é porque vós sois limitado.
A palavra é a cadeia do espírito; a imagem é a golilha do pensamento; vosso ideal é a coleira da alma; vosso sublime é um fundo da masmorra; vosso céu é o teto de uma adega; vosso idioma é um ruído encadernado em um dicionário. A minha linguagem, para mim, é a Imensidão , é o Oceano, é o Furacão.
Minha biblioteca contém milhares de estrêlas, milhões de planetas, milhões de constelações...Se tu queres que eu te fale em minha linguagem, sob ao Sinai, e me ouvirás nos relâmpagos; sobe ao Calvário, e me verás nos raios; desce a sepultura e tu me sentirás na clemência."



Na época das mesas girantes , (século XIX ) este espírito, deixou esta comunicação na casa de Victor Hugo, também ele o grande escritor em determinada fase da vida , fez contacto com o Invisível.
Eís a resposta de Victor Hugo:

"Vós sois enorme, mas só Deus é imenso"

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